Economia

Banco Inter assume estilo digital do japonês SoftBank

Acionistas do Banco Inter S/A votarão na AGE Reorganização, iniciada há pouco (10h), a pauta das formalidades finais de migração acionaria para empresa com sede no paraíso fiscal caribenho Ilhas Cayman (Grã-Bretanha). Conforme a série de comunicados, a base acionária do Inter irá para a Inter Platform, Inc. Assim: 100% das ações do Inter emitidas pela Inter Holding Financeira S.A. (HoldFin) passarão para controlada Inter Platform.

A Inter Platform terá ações listadas na bolsa eletrônica Nasdaq, de Nova York (EUA). A HoldFin fará emissão em favor dos acionistas.

Traduzindo alguns lances, então, o banco terá bem mais nas artérias dos negócios o DNA digital do SoftBank, do Japão. Em contrapartida, portanto, fechará, e muito, a porta do estilo do fundador, empreiteiro mineiro Rubens Menin Teixeira de Souza (Grupo MRV).

O SoftBank é um banco digital líder do planeta em investimentos em tecnologia. Via La Bi Holdco Llc, a instituição japonesa tem 15,01% do capital total do banco brasileiro: 10,42% das ações ordinárias e, 19,63%, das preferenciais. Em junho de 2019, o SoftBank tinha 8% do capital do Inter. A HoldFin, detém (22/11) 31,44% do capital, sendo 53,32% das ações ordinárias (com direito a voto), e, 9,43%, das preferenciais. Em 25 de junho, o capital do Inter era representado por 2.578.603.643 de ações – 1.293.373.691 ordinárias e, 1.285.229.952, preferenciais.

Inter iniciou numa carteira de mutuários

O Inter é uma das instituições financeiras múltiplas digitais líderes no mercado brasileiro. Surgiu, em 1994, em Belo Horizonte, com o nome Banco Intermedium, a partir da carteira de incorporação da MRV Engenharia e Participações (Construtora MRV). Assim, portanto, em definitivo, o banco aposenta o estilo operacional do fundador, que foi, até pouco tempo, o visionário dos negócios e rumos.

O empreiteiro Rubens Menin criou um banco para tocar carteira habitacional da MRV – Foto: Instituto MRV/Divulgação

Altos e baixos do balanço

No balancete (não consolidado) do 9M21, o banco registrou receitas de R$ 1,378 bilhão, ou seja, o extraordinário pulo de 118% comparadas com 9M20. Na equivalência patrimonial, lançou prejuízo de R$ 293,6 milhões, 289,5% superior. Entretanto, conseguiu reverter o prejuízo de R$ 21,9 milhões, no período de 2020, para lucro contábil de R$ 38,7 milhões.

Ativos de R$ 33,5 bilhões

Os ativos totais, em 30 de dezembro passado, eram de R$ 19,766 bilhões. Evoluíram para R$ 33,528 bilhões. Ou seja, 69,6% de expansão nessa rubrica. Nessa turbinada, então, o patrimônio líquido deu um salto com vara de 158,5%, para R$ 8,536 bilhões.

Nairo Alméri

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