A Booz Allen Hamilton Holding Corporation (BAOH), de gestão consultoria e tecnologia da informação (soluções em inteligência artificial – engenharia, expertise cibernética e segurança), volta aos holofotes. Durante uma década, esteve no alto do noticiário (2013), por conta da revelação do maior caso de espionagem nos Estados Unidos. Houve vazamento de documentos secretos da inteligência de Defesa dos EUA.
O episódio envolveu um funcionário da Booz Allen Hamilton Inc. A companhia era forte em contratos com agências de governos aliados dos EUA e seus sistemas de defesa e inteligência. Até o exercício fiscal da véspera dos vazamentos, 99% das suas receitas estavam vinculadas ao Governo dos EUA (veja adiante).
Agora, entretanto, o foco é o provável final em outro escândalo. Envolve procedimentos contábeis. “… investigação civil divulgada anteriormente relacionada a certos elementos da contabilidade de custos e práticas de cobrança de custos indiretos da Empresa…”, define parte do comunicado da BAOH à Securities and Exchange Commission (SEC – correspondente à Comissão de Valores Mobiliários, a CVM).
Na prática, a companhia cobrava do Governo dos EUA acima do devido. Ela, de acordo com os autos, “falsificava os reembolsos”.
Nesta sexta (21/07), BAOH deu conhecimento, portanto, da celebração de acordo com o Governo dos EUA. Assim, então, encerrará as investigações das irregularidades contábeis, que abrangeram o período 2011-2021.
A empresa pagará US$ 377,5 milhões, ou seja, R$ 1,799 bilhão no fechamento do câmbio hoje (R$ 4,7668).
O acordo a que se refere a holding foi com o Departamento de Justiça. No comunicado à SEC, a empresa se propõe a liquidar o acordo com dinheiro. Recentemente, revelou que tinha reserva de US$ 350 milhões, mas que estimava o acerto de contas em até US$ 378 milhões.
“Após o recebimento do Valor do Acordo pelos Estados Unidos, os Estados Unidos isentarão a Empresa de quaisquer reclamações monetárias civis ou administrativas pela Conduta Coberta sob a Lei de Falsas Alegações civis e outros estatutos civis especificados e teorias de responsabilidade de direito comum” (sic), diz a Booz Allen no comunicado aos investidores.
O autor do escândalo dos documentos secretos dos EUA foi Edward Snowden. Era um ex-agente da CIA (Agência de Inteligência). Mas, na época, empregado da Booz Allen Hamilton Inc.
Snowden simplesmente protagonizou o maior vazamento de documentos secretos da história dos EUA. Eles continham os mapas da “rede de vigilância mundial” de defesa integrada com os principais países parceiros de Washington.
O ex-agente da CIA vive exilado na Rússia. A companhia em que ele trabalhou participou, portanto, na engenharia da “rede de vigilância”. Relembre o caso AQUI.
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