Economia

Bradesco lucra 40% a menos; 233 agências fechadas

Segundo maior banco privado do país, o Bradesco encerrou balanço patrimonial do 2T20 com lucro de R$ 3,873 bilhões. Ou seja, 40,1% inferior ao do mesmo período de 2019, de acordo com as contas apresentadas ontem (30/07), enquanto as receitas com intermediações financeiras, de R$ 18,278 bilhões, encolheram 16,04%.

O banco atribuiu a perda ao caos global da Covid-19. Essa situação, inclusive, acelerou a política do Bradesco de fechamento. Foram 233 agências, elevando, portanto, para 414, nos doze encerrados até junho.

Em 2020, serão fechadas “mais de 400 unidades de negócios”. Essa prática seguirá por 2021. Isso é parte do “ajuste” na estrutura física da empresa, justifica o presidente executivo do Bradesco, Octávio de Lazari Junior. No entanto, amenizou as demissões, dizendo que seguirão um “turnover natural”.

Presidente executivo do Bradesco, Octávio Lazari Junior, diz que banco seguirá “ajustes” em 2021 – Foto : Revista Bradesco

Para cobrir perdas em créditos de liquidação duvidosa, o Bradesco elevou as provisões em 154,9% na comparação 2T20 com 2T19, ou seja, para R$ 8,890 bilhões.

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O Bradesco tinha, ao encerrar o 1S20, R$ 1.571,407 milhões (R$ 1,571 trilhão), na rubrica “total de ativos”. Portanto, uma evolução de 11,12% na comparação com junho de 2019. A carteira de crédito expandida (empréstimos e financiamentos), de R$ 661,115 bilhões, ou seja, crescimento de 14,9% na mesma comparação.

  • Pessoas Jurídicas – R$ 425,111 bilhões (+16,4% – junho2020/junho 2019)
  • Grandes Empresas – R$ 310,224 bilhões (+18,2%)
  • MPEs – R$ 114,887 bilhões (+11,7%)
  • Pessoas Físicas – R$ 236,004 bilhões (+12,32%)

Santander também perdeu 40%

Por coincidência, a perda no lucro do Santander no 2T20, de R$ 2,026 bilhões, apresentou mesmo índice de queda do Bradesco, de 40,6%.

Em 3º no ranking de bancos privados, fechou junho com R$ 466,7 bilhões na carteira de crédito ampliada 18,4%. Isso, portanto, foi mais que no final do 1S19. As provisões do Santander para proteger carteira de crédito foram de R$6,5 bilhões (+111% acima do 2T19).

Nairo Alméri

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