Embora reconheça a intenção de conter a inflação por meio da taxa de juros, o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, advertiu para o risco à recuperação econômica. Nesta quarta (4), o Banco Central anunciou aumento da taxa básica de juros em 1,0 ponto percentual, passando de 4,25% para 5,25% ao ano.
Segundo o dirigente, é essencial que a autoridade monetária fique atenta para que esse aumento não comprometa a recuperação econômica. “Considerando o ambiente econômico que estamos vivendo, onde as atividades econômicas estão em recuperação, a demanda de consumo está desaquecida e o desemprego elevado”, ponderou.
Em sua avaliação, com a taxa de juros mais alta, as empresas tendem a diminuir seus investimentos e o crédito fica mais caro, desestimulando novos projetos. “É de extrema importância que haja o controle inflacionário, mas é preciso que seja uma taxa de juros que não comprometa o crescimento econômico a longo prazo”, reforçou.
As advertências de Souza e Silva são feitas logo após o registro de avanço de 6,71% das vendas do comércio varejista da capital no mês de maio em comparação a abril. Os dados do levantamento realizado pela CDL/BH atribuíram o crescimento à reabertura do comércio, após a queda nos índices mais negativos da pandemia. E mais, pelo avanço da vacinação e o bom desempenho do dia das mães.
Na comparação anual, o avanço foi ainda maior, de 7,25%. “Este é o segundo resultado consecutivo com dados positivos. Na comparação anual do mês de abril, também registramos um aumento de 7,83%. Isso demonstra uma recuperação do varejo que, felizmente, superou o patamar anterior à pandemia. O retorno do auxílio emergencial, a retomada da circulação de pessoas e a melhora na admissão de empregos formais contribuíram para esse dado”, avaliou o presidente da CDL/BH.
No acumulado do ano, o comércio registrou crescimento de 5,11%, sinalizando trajetória de recuperação com o maior crescimento desde 2013. “Acreditamos que o volume de vendas pode apresentar uma retomada mais forte no segundo semestre. Contudo, isso vai depender dos índices de emprego e inflação”, pontuou Souza e Silva.
Na análise mensal (maio/abril), os setores do varejo que mais registraram crescimento foram:
– Artigos Diversos: 16,17%
– Vestuário e Calçados: 15,18%
– Material Elétrico e de Construção: 13,96%
– Informática: 13,77%
– Eletrodomésticos e Móveis: 13,21%
– Veículos e peças: 13,11%
– Papelaria e Livraria: 11,67%
– Drogarias e Cosméticos: 11,14%
– Supermercados: 4,64%
De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio, realizada pelo IBGE, Minas registrou avanço de 6,2% no comércio varejista no mês de maio em comparação a abril. Já a média nacional ficou em 4,7%.
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