O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell Fontelles, chega hoje ao Brasil, em meio ao clima de fiascos do presidente Jair Bolsonaro em duas cúpulas seguidas na Europa. A presença do chefe do Planalto na Cúpula do G-20 (vinte países mais ricos), em Roma (Itália) foi pífia. Além disso, marcada por incidentes de truculência e vergonhosos nos contatos.
E, segundo, a ausência, domingo (31/10), na cúpula de Chefes de Estado de abertura da Conferência do Clima (COP26), em Glasglow (Escócia). Este fato, elevou, portanto, a imagem criminosa e de culpa do Brasil perante ao mundo na relação ambiental.
Foi, ao final das contas, um passeio ao estilo de Bolsonaro.
A COP-26 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), na avaliação de especialistas brasileiros, pela atitude de Bolsonaro, poderá figurar como chance perdida de o Brasil de marcar seu peso nas decisões. Entretanto, para os Estados Unidos, destaca a BBC, a figura do chefe do Planalto pouco importa, desde que o Brasil cumpra seus anúncios e acordos. Veja AQUI.
Josep Borrell (Espanha) tem dupla função dentro da Comissão Europeia (CE): Alto Representante para Política Externa e de Segurança da União Europeia e Vice-Presidente da Comissão Europeia. A CE é o órgão executivo das políticas da UE, estando, portanto, entre as principais missões a defesa ampla dos interesses comuns do bloco (28 países). É, pois, órgão ativo nas decisões, formulação de linhas na legislação regional, execução de orçamento e supervisão na área da Justiça e políticas comuns. Os da CE são designados pelos governos de seus países, entretanto, não os representam.
O mandato do atual chefe da diplomacia do bloco começou em 2019 e irá até 2024.
O representante da UE chegou na segunda (01/11) a Lima (Peru). Agenda na região prevê o desembarque dele nesta quarta (03/11) em São Paulo. Entre os encontros, está a reunião com as chamadas Eurocâmaras, com foco nas relações comerciais UE-Mercosul. Em entrevista ao El País, deu sinais claros de que sua missão objetiva aparar algumas arestas. Ou seja, preparar terreno e esboçar a próxima cúpula entre América Latina e UE.
Em 2019, cita o diário espanhol, as exportações da UE para América Latina somaram € 115,6 bilhões, contra € 92,85 bilhões em importações. Os investimentos, por sua vez, somam ao redor de € 800 bilhões, ante € 273 bilhões da AL naquele bloco. Portanto, situações bem mais favoráveis aos europeus.
Além das questões econômicas, a pauta de Josep Borrell inclui imbróglios políticos para o Brasil: liberdades, direitos humanos e ambientais. Temas, então, que o Governo Bolsonaro não gosta. Amanhã (04/11), o emissário da UE tem encontro com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos Alberto Franco França, no Itamaraty. Veja AQUI reportagem do El País.
De hoje até sexta (05/11), a Comissão Europeia está autorizada a operar, temporariamente, equipamentos radiocomunicação no Brasil. A autorização está em Ato Nº 9.562, de 29/10, da Gerência de Outorga e Licenciamento de Estações, do Ministério das Comunicações.
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