Um pool de bancos e outras instituições financeiras de 45 países se comprometeram nesta quarta (03/11) a participar com US$ 130 trilhões (R$ 736,9 trilhões) por uma economia livre de dióxido de carbono – CO2. O valor, portanto, dobra o compromisso anterior, noticiaram Dow Jones e agência EFE.
As instituições formam pool denominado Aliança Financeira de Glasgow para Zero Emissões Líquidas (GFANZ, na sigla em inglês). O anuncio foi, portanto, destaque na COP-26, em Glasgow, na Escócia, aberta domingo.
De acordo com a EFE, em material reproduzido pelo UOL, o compromisso entre àquelas instituições tem participação dos bancos HSBC, Bank of America e Santander. As metas para liberação dos recursos ainda serão definidas.
Apesar do impacto, o anúncio recebeu críticas de ambientalistas. Leia AQUI a notícia.
Em paralelo ao anunciou do pool GFANZ, todavia, ontem a agência Bloomberg informava que bancos comprometidos no “net zero” ainda divergem sobre o seu significado.
Isso apesar de a expressão ter sido indexada em Wall Street (Nova York) e na City (Londres). Entretanto, não pareceu criar obstáculos para bancos e seus fundos seguirem lendo a mesma cartilha para zerar emissões CO2 até 2050. Veja AQUI.
Inserido nesse cenário, lembra portal de economia Reset, mais de 30 administradoras de fundos, com portfólio ao redor de US$ 9 trilhões em ativos, também assumiram na COP-26. Estas anunciaram ontem (02/11) ações pela eliminação de desmatamentos relacionados às commodities soja, pecuária, celulose e papel e óleo de palma. No foco, em destaque, estão os biomas Amazônia, Cerrado e Chaco – no Brasil, Pantanal.
Esta iniciativa foi denominada Finanças Inovadoras para a Amazônia Cerrado e Chaco (IFACC) e tem participação de empresas brasileiras.
Nos primeiros nove meses de 2021, a Amazônia, por conta de crimes ambientais, perdeu 8,939 km2. Foi, portanto, 39% acima do mesmo período em 2020. Além disso, o pior setembro nos últimos dez anos, conforme dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), vinculado ao Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Os dados do Governo brasileiro, sempre colocando para baixo os crimes ambientais, nunca geraram confiança. Mas essa relação piorou quando o presidente Bolsonaro direcionou sua ira contra o INPE.
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