Levaram bola nas costas os ministros de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC), astronauta Marcos Pontes, e da Educação, Abraham Weintraub, na proposta de fusão do CNPq com a Capes. A dupla não soube, antes, que a coisa caminhava a passos largos nas antessalas do ministro da Economia, Paulo Guedes. E, ainda, poderá saber do desfecho lendo jornais, ou em comunicados no twitter.
A proposta de fusão do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) foi tornada pública no começo de outubro. Embora tenha sido noticiado como proposta do MEC, união das autarquias era azeitada bem antes dentro do Ministério da Economia.
Nesta semana, iniciada ontem (03/11), Guedes dará sua “visão preliminar”. A previsão foi antecipada na quinta-feira (30/10), em Brasília, por integrante do segundo do escalão do MCTIC. A fonte reportava aquilo que Pontes teria ouvido direto do presidente Bolsonaro, na passagem pela Arábia Saudita. O ministro integrou a comitiva do presidente na viagem à Ásia e Oriente Médio.
No dia 11 passado, a própria Agência Brasil (da EBC/Governo) tratou de divulgar que Pontes reagiu, pelo twitter, contrariado: “Sobre a ideia divulgada de junção CNPq-CAPES: a posição do MCTIC é contrária à fusão, pois seria prejudicial ao desenvolvimento científico do País. Existe algum sombreamento de atividades e pontos de melhoria na gestão. Esses problemas já estão sendo trabalhados no CNPq” (sic/EBC).
Quem comandou, até aqui, esse voo foi o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys. Ou seja, a bola esteve com o Nº 2 da Economia. Este é um técnico de carreira do Tesouro Nacional. Guaranys ocupou a função de analista de Finanças e Controle da Secretaria do Tesouro. Sabe, portanto, de onde retirar e alocar dinheiro público. No Governo Temer, ocupou a diretoria-geral da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Portanto, os ministros do MCTIC e MEC não tinham, até semana passada, peso na nessa proposta. O chefe da pasta da Economia deseja que as duas autarquias virem uma só agência, porém, na estrutura do MEC. Assim, então, os dois ministérios acabariam empatados na área do fomento à pesquisa, pois, o MCTIC tem a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Antes da viagem de Bolsonaro, Pontes e Weintraub estavam como meros expectadores. Só saberiam quem sobreviveria em um comunicado de Guedes. No MCTIC, contudo, a crença é a de que o jogo mudou.
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