Economia

Coca-Cola driblou saída da Rússia

A Coca-Cola Company soube compensar em outros mercados a interrupção dos negócios na Rússia. A saída foi consequência do boicote do Ocidente à invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022. É o que se pode concluir no conteúdo das análises aos acionistas no relatório dos resultados, divulgado terça (14/02), em Atlanta (EUA). A diretoria da multinacional deixou bem claro que soube agir rápido.

A receita operacional líquida consolidada da Coca-Cola, US$ 43,004 bilhões, cresceu 11%, comparada com US$ 38,655 bilhões, em 2021. O melhor desempenho, de 19%, nas receitas da companhia foram nos mercados dos Estados Unidos (US$ 15,674 bilhões) e América Latina (US$ 4,910 bilhões).

Entretanto, por conta de um conjunto de fatores, tais como aquisições investimentos e perdas cambiais, o lucro líquido ficou menor 2%. Saiu, portando, de US$ 9,771 bilhões, em 2021, para US$ 9,542 bilhões.

Mas teve queda no fluxo de caixa

O fluxo de caixa da Coca-Cola, de US$ 11,018 bilhões, ficou inferior 12,8%. Por conta de aquisições e investimentos em equipamentos, o caixa líquido, de US$ 9,534 bilhões, apresentou queda de 15,4%. Para 2023, a projeção da Coca-Cola é que o caixa fique na média: respectivamente, US$ 11,4 bilhões e US$ 9,5 bilhões.

Nas receitas orgânicas, crescer 7% a 8%.

Coca-Cola Zero disparou em vendas

As vendas das bebidas da marca Coca-Cola tiveram comportamentos diferentes. Enquanto a linha das chamadas “espumantes” cresceram 4%, a Zero Açúcar teve salto de 11%. Esta última, de acordo com a empresa, puxada “pelo forte crescimento nos mercados desenvolvidos, bem como nos mercados em desenvolvimento e emergentes mercados”.

Brasil apoiou a invasão da Ucrânia pela Rússia

Além dos rearranjos geoeconômicos, a saída do mercado da Rússia, fizeram a Coca-Cola avançar em mudanças estratégicas de gestão. A empresa seguiu o boicote de países do Ocidente contra os russos por conta da invasão da Ucrânia determinada pelo governante da Rússia, Vladimir Putin.

Entretanto, muitas multinacionais que anunciaram perdas por conta da atitude russa, entre elas a Colgate-Palmolive.

Na véspera da invasão, o então presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), visitou e apoiou Putin, irritando governos ocidentais. Além disso, o atual presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sempre atuou com Putin nos períodos anteriores como chefe do Planalto: 2033-06 e 2007-10.

Mudanças na gestão da Coca-Cola

O relatório da Coca-Cola enfatiza a postura no “desenvolvimento de lideranças” como ferramenta para “estimular o crescimento”. E, portanto, segue firme na orientação para que os líderes e a estrutura organizacional sigam focadas em “cumprir sua estratégia de crescimento, ao mesmo tempo em que desenvolve talentos para o futuro”.

A companhia destacou esperar, via esses dois fatores, atingir ”funções de ponta” (estratégicas), como, por exemplo, buscar “oportunidades importantes para impulsionar um crescimento significativo a longo prazo”.

E foi nesse olhar que a Coca-Cola, no último trimestre de 2022, entregou a John Murphy, além de presidente e diretor Financeiro, a “função expandida” de “supervisão da global ventures (empreendimentos), investimentos em engarrafamento, serviços de plataforma, liderança comercial e de clientes e digital on-line para off-line”.

Em mesma linha, a companhia de Atlanta criou o cargo de presidente International Desenvolvimento para supervisionar sete das nove unidades operacionais. Entregou para Henrique Braun para. Ele atuará, portanto, em conexão com Nikos Koumettis (presidente da unidade operacional da Europa) e Jennifer Mann (presidente da unidade América do Norte).

Nairo Alméri

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