O desinvestimento da Cia, Energética de Minas Gerais (Cemig) reúne mais um conjunto de ativos: aeronaves (autorizado processo administrativo) e a PCH Salto do Paraopeba. A hidrelétrica, será vendida dia 30, às 10h. Para os aviões ainda não há data, mas a “Comissão Especial de Alienação das Aeronaves” foi designada. Pesquisas pela frota de helicópteros e aviões da companhia, tanto em suas páginas quanto nas redes sociais, não indicam o tamanho.
Em recente entrevista no dia 23 de agosto, o diretor-presidente da Cemig, Cledorvino Belini, abordou a privatização. Disse que estará delineada em 2019. Sobre os “desinvestimentos” a “Folha de S.Paulo” escreveu: “A companhia também conseguiu aprovar no período (1º semestre 2019) medidas que deverão cortar em R$ 300 milhões por ano a partir de 2020, com cortes de níveis gerenciais, redução de secretárias e motoristas e até a venda de um avião da companhia”.
A diferença entre o trecho da reportagem e àquilo que será elaborado pela Comissão de Alienação está no plural: “para realizar o processo administrativo de alienação das aeronaves pertencentes a essa empresa”. Isso poderá helicópteros de manutenção das linhas de transmissão.
A Cemig também incorpora seus aparelhos às operações emergenciais de assistência à população: resgates em tragédias, combate a incêndios, deslocamentos de feridos, transporte de órgãos para transplante etc.
“Programa de Desinvestimento”, no Relatório de 2018, justifica a alienação de bens da Cemig com o “agravamento da situação econômica”. O cenário teria levado a empresa a criar o programa, em junho de 2017, no Governo Fernando Pimentel (PT). O foco era o retorno do “equilíbrio financeiro”, via ”redução acelerada do seu endividamento”. Os “critérios levados em conta para priorização” foram:
a) ativos com maior liquidez;
b) ativos que não trazem retorno de curto prazo;
c) ativos não estratégicos e ou com participações pouco relevantes.
O Relatório informa que Cemig selecionou um “portfólio” que atendeu “às necessidades de desalavancagem”, com expectativa mínima de 50% de sucesso, no primeiro semestre de 2018. Um dos “sucessos” foi a venda da Cemig Telecom por R$ 654 milhões, R$ 287 milhões acima do esperado. “A Cemig continua com o foco na implementação do seu programa de desinvestimentos em 2019 através de ações que impliquem na alienação de participações, com a entrada de recursos que contribuirão para reduzir a alavancagem da Companhia”, está no documento.
Em 23 de março, o Governo de Minas leiloou o LearJet, modelo 35A, matrícula PT-LGW, usado pelos governadores anteriores. Ao assumir, o governado Romeu Zema anunciou que iria vender. A Brasil Vida Táxi Aéreo foi única ofertante. Com R$ 10,00 acima do valor fixado, arrematou por R$ 2.226.710,00. O dinheiro entrou no caixa único do Estado. Empenhando em colocar em dia os salários atrasados, incluindo 13º de 2018, o governador apurou na venda 0,1% do valor líquido da folha do Executivo, de R$ 2,4 bilhões, na época.
“Mais aeronaves serão vendidas. No meu governo não haverá espaço para esse tipo de mordomia, privilégios ou desperdício de dinheiro público. Nosso Estado passa por uma crise financeira gravíssima e tomarei todas as medidas possíveis para tirar Minas do vermelho”, postou Romeu Zema nas redes sociais, sem fazer menção ao “Programa Desinvestimento” da Cemig.
A PCH Salto do Paraopeba é 100% controlada da Horizonte Energia S.A, subsidiária da Cemig. Instalada no Rio Paraopeba, em Jeceaba, tem capacidade outorgada para 2,460 megawatts (MW – duas unidades geradoras) e energia assegurada de 2,21 MW. Começou a ser construída em 1949 e foi reativada (operação) pela Cemig em 2001.
A Salto do Paraopeba é um “ativo imobilizado”, ou seja, “o poder concedente não controla o preço dos serviços prestados, sendo sua energia comercializada principalmente no Ambiente de Contratação Livre (“ACL”)”, informa a Cemig em vários relatos institucionais. Essa outorga vence em outubro de 2030.
Estatal de capital misto (ações em Bolsa), a Cemig fechou o balanço patrimonial 31/12/2018 com valor de mercado de R$ 20,8 bilhões. Suas principais atividades estão geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, soluções energéticas, soluções tecnológicas, telecomunicações, serviços de datacenter e distribuição de gás natural. Naquela data, o Grupo Cemig era holding das subsidiárias integrais (100% do capital) Cemig Geração e Transmissão S.A. (Cemig GT) e Cemig Distribuição S.A. (Cemig D). No conjunto, o complexo Cemig era formado por 173 Sociedades, 15 Consórcios e 2 FIPs (Fundos de Investimentos em Participações) – ativos em 23 estados .
*Modificado em 29/09/2019 | às 17h31
A Capital World Investors (CWI), administradora norte-americana de ativos, encolheu a participação na Equatorial S.A,…
A socióloga Rosângela Lula da Silva (PT-PR), mais uma vez, desfila de fogo amigo contra…
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Democrata), nos 60 dias que lhe restam de…
O GSI é, digamos assim, um nano quartel de generais de “elite” cravado no coração…
Dono do Grupo MRV (construtora), do Banco Inter e de empresas de comunicação, o empreiteiro…
A montadora brasileira Embraer S.A. refez sua projeção de entrega de aeronaves para este exercício.…