Empresas do sistemas de ônibus dos transportes urbanos e metropolitanos de passageiros do país advertem para o iminente risco do sistema entrar em colapso em 5 de abril. Isso em consequência da falta de caixa para bancar salários. Esse alerta foi feito ontem (25/03), à noite, pelo presidente da Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbanos (NTU), Otávio Cunha, em nota ao portal “Diário do Transporte”.
A causa dessa situação, disse, está na quarentena imposta à população pelas autoridades, no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Ontem, estavam sem o serviço 184 das 2.901 cidades que dispõe do transporte coletivo por ônibus. Em várias capitais, todavia, a paralisação superava 75% das frotas.
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Para evitar o caos, a NTU, em ofício ao ministro da Economia, Paulo Guedes, pede socorro urgente às empresas. Mas, não apenas postergações nos impostos:
A entidade diz representar acima de 500 empresas de ônibus urbanos e metropolitanos. Todavia, fez questão de assinalar que, desta vez, a paralisação não seria por determinação de governadores e prefeitos. Mas, pela incapacidade financeira de operação das frotas. Isto porque não haverá dinheiro nas empresas.
O alerta do presidente da NTU foi em resposta à consulta do portal “Diário do Transporte”. Em nota, Otávio Cunha destacou: “As empresas estão operando com a redução de mais de 50% dos passageiros, em média, desde o início das medidas de isolamento social, em função do Covid-19, e, isso, afetou drasticamente a receita do setor”. Pontuou as situações mais “críticas”:
Todavia, mesmo diante do risco apontado, o presidente da NTU defendeu a manutenção da circulação dos ônibus mesmo com a frota reduzida.
A quarentena da população é imposição da Organização Mundial da Saúde (OMS). Determinou isso como parte das medidas no combate à pandemia do Covid-19. Assim, portanto, evita-se aglomerações. Mas, para empresas, fez cair a demanda de forma significativa.
No ofício ao ministro da Economia, as empesas advogam que o socorro financeiro, a fundo perdido, permitiria, portanto, o reequilíbrio entre custos e receitas. Isso seria atingido mesmo com a atual redução da demanda.
“Com esse apoio do Poder Público as empresas conseguiriam colocar 70% da frota em operação, número ideal para evitar aglomeração nos ônibus”, argumenta a NTU.
Na semana passada, também, a entidade das concessionárias do transporte rodoviário, a Anatrip, fez alerta em mesma linha ao da NTU.
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