Política

Assembleia reduz amplos poderes de Zema em decreto para combater pandemia

Os deputados estaduais aprovaram, nesta quarta (25), o decreto de calamidade pública do governador Romeu Zema (Novo) para combater a pandemia do coronavírus. Na votação que foi remota, a primeira da história do Legislativo estadual, fizeram três alterações na proposta original, reduzindo os amplos poderes dados ao governador nessa situação de gravidade.

A primeira mudança reduziu o tempo de validade do decreto, de 31 de dezembro para 20 de julho. Se precisar de mais tempo, caso a epidemia não seja controlada até lá, o governador terá que enviar novo pedido e justificativa à Assembleia.

A segunda mudança determina que o governo encaminhará à Assembleia relatórios trimestrais para acompanhamento da receita e despesa do Estado. E sobre as medidas adotadas durante o período de calamidade.

Alteração garante independência de poderes

E a terceira alteração, determina que as medidas adotadas pelo governo respeitarão a autonomia dos demais Poderes e do Ministério Público. Ou seja, não poderá reduzir os repasses deles, afetando o funcionamento.

O decreto vai permitir ao Estado contratar mais médicos e enfermeiros, ampliar o número de leitos de urgência e adquirir o material necessário para fazer frente à pandemia.

Pelo estado de calamidade, ficará suspensa a contagem de prazos determinados pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Assim, o Estado pode se adeque aos limites financeiros normalmente fixados pela legislação para a despesa total com pessoal e para a dívida consolidada do Estado.

Governo poderá ocupar bens

O governo também não precisará realizar licitações públicas para contratação de bens e serviços necessários ao atendimento da situação calamitosa. O Decreto nº 47.891, de 2020, também permite a ocupação e o uso temporário de bens e serviços necessários ao enfrentamento da crise. A medida será feita sob garantia de “indenização justa, em dinheiro e imediatamente após a cessação de calamidade pública, dos danos e custos decorrentes”.

Ao final da reunião, o presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PV), ressaltou o projeto aprovado. “A Assembleia deu hoje uma pronta resposta à sociedade mineira”, afirmou o deputado Agostinho Patrus.

Durante a reunião, a imagem dos parlamentares votantes foi exibida enquanto pronunciavam seu voto. Dos 77 integrantes da Assembleia, só não se manifestaram o presidente da Assembleia, que regimentalmente não vota, e o deputado Inácio Franco (PV), por problemas na conexão remota.

Taxar super-ricos poderia render R$ 116 bilhões para enfrentar Coronavírus

Orion Teixeira

Posts Relacionados

Ensaio da Ufla define sabor e aroma do café

A partir do isolamento de microrganismos presentes nos solos das lavouras de café, pesquisadores interferiram…

1 dia atrás

Lula precisa botar pressão na fiscalização da grana

As promessas de recursos, quase sem limites, para socorrer ao Rio Grande do Su criam…

2 dias atrás

Zema quer economizar R$ 70 milhões nas costas dos militares

Feitas as contas, R$ 70 milhões por mês é o tamanho do corte que Zema…

2 dias atrás

Eterno olho gordo do PT bota pressão na Petrobras

A maior empresa do país continua, neste 2024, pagando caro pelas cobiças, ingerências e desmandos…

3 dias atrás

Novo cotidiano: botar pressão contra STF

Nessa onda, botar pressão contra o STF, apareceu até o pastor Silas Malafaia entrou em…

4 dias atrás

Grêmio ataca pouco caso da CBF para o tamanho da tragédia

O Grêmio, de Porto Alegre (RS), criticou a inarredável postura de insensibilidade da Confederação Brasileira…

5 dias atrás

Thank you for trying AMP!

We have no ad to show to you!