Fabrica de fuzis e carabinas da Imbel em Itajubá (MG) - Crédito: Fotos Divulgação Imbel/Comando do Exército
A Indústria Material Bélico do Brasil (Imbel) não terá mais o braço no segmento científico e tecnológico. O Comando do Exército editou, nesta terça (06/12) uma resolução (Resolução Nº 34) que revoga a criação da Instituição Científica e Tecnológica – ICT/Imbel. Portanto, tornou sem efeito a Resolução Nº 09/2021, do Conselho de Administração da Imbel, baixada em 29 de abril de 2021.
Entretanto, essa decisão do Comando do Exército não é um fato isolado. A Resolução 34 foi baixada, porém, em 10 de novembro. Mas, um mês antes, em 14/10, o Ministério da Defesa editara a Portaria GM-MD Nº 5.250, concedendo à Escola Superior de Defesa (ESD) status de centro de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica (P,D&I). Ou seja, a ESD conquistou exatamente aquilo que a Imbel acaba perder.
A ICT-Imbel teria sede no site do Quartel-General do Exército, em Brasília. E cadastrou como ocupação principal (CNAE) “atividades profissionais científicas e técnicas”. Na subclasse, “pesquisa e desenvolvimento experimental em ciências físicas e naturais”.
A Imbel é uma empresa pública (entra no Orçamento da União) relacionada ao Comando do Exército com várias unidades fabris. Os seus produtos, para defesa e segurança, são fabricados e comercializados principalmente para Forças Armadas e Forças Policiais. No seu portfólio estão fuzis, carabinas, pistolas, munições, pólvoras, explosivos, sistemas de comunicação móvel eletrônica, sistemas remotos de tiro etc. Suas plantas fabris estão localizadas em Piquete (SP), Rio de Janeiro (RJ), Magé (RJ), Juiz de Fora (MG) e Itajubá (MG).
No 1T22, a Imbel obteve receita líquida de R$ 6,291 milhões. Ou seja, apresentou queda nominal de 50,4% comparado com 1T21, de R$ 12,674 milhões. O resultado operacional foi negativo R$ 38,861 milhões, portanto, 64,7% superior ao do período comparado.
O resultado líquido continuou negativo, em R$ 8,93 milhões, ou seja, acima da receita. Entretanto, o prejuízo ficou menor 21,9% confrontado com o do 1T21.
O patrimônio líquido registrou ligeira perda entre o final de 2021 e 30 de março, de R$ 503,6 milhões para R$ 498,3 milhões. O capital social permaneceu em R$ 378,4 milhões.
Apesar de receita em queda e o prejuízo persistente, a Imbel apresentava, em 30 de março, boa liquidez financeira. O passivo circulante, ou seja, as exigências para 2022, eram de R$ 158,6 milhões. Portanto, suportável pelo ativo circulante (previsão de receitas), de R$ 517,7 milhões.
Ainda no encerramento do balanço do 1T21, a empresa lançou no balanço R$ 308,32 milhões em “disponibilidades”. Em aplicações financeiras, estavam R$ 288,442 milhões, ou seja, 93,6% do saldo da rubrica.
Nas reservas, de R$ 105,9 milhões, para investimentos estavam R$ 94,9 milhões, ou seja 89,6%.
Em 30 de março, o presidente da Imbel recebia R$ 20,1 mil de salário mensal, o vice R$ 19,1 mil e, diretor, R$ 19,1 mi. Entre empregados, o maior valor da remuneração era R$ 15,1 mil, e, o menor, R$ 1,2 mil.
Os conselheiros recebiam R$ 2 mil, e, os integrantes do Comitê de Auditoria, R$ 4 mil.
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