No leilão das concessões de água e esgotos, no Rio de Janeiro, vencedores dos lotes da CEDAE assumem compromissos de capital da ordem de R$ 54 bilhões - Foto: Divulgação/Alerj
Os investidores debenturistas tiveram, em abril, bom indicador de negócios futuros, avalia fundo administrado pelo Itaú Unibanco (ver abaixo). Mas, os destaques foram os leilões de concessões federais e estaduais (Rio de Janeiro e São Paulo) em infraestruturas. No balanço dessas vendas, portanto, as perspectivas de investimentos são de R$ 46,310 bilhões. Além disso, empresas vencedoras desembolsarão mais R$ 31,716 bilhões pelas outorgas.
As empresas, certamente, captarão os recursos. Nos últimos anos, a opção firme tem sido via emissão de debêntures simples (não conversíveis em ações). Veja AQUI: R$ 31 bilhões em emissões de debêntures no 1T21.
O relatório “Comentário do gestor”, de maio, do IFRA11, do FIC FIDC Infraestrutura (Fundo de Investimentos de Cotas), do Itaú Asset Managment, apresenta análise otimista, claro. “Todos estes projetos (dos leilões) apresentam valores muito significativos de investimentos e outorga; suas soluções de financiamento serão bastante criativas e certamente passarão por emissões de debêntures de infraestrutura, o que representará no médio prazo oportunidades interessantes de aquisição de novos papéis…” (sic).
A desestatização de áreas da Cia. Estadual de Água e Esgoto (Cedae), do Governo do Estado do Rio de Janeiro, foi, porém, o destaque da análise. Dividida em três blocos, abrangem 11 milhões de habitantes, ou seja, 72% da população do Estado. Estão, assim, distribuídos por 29 municípios. Os vencedores assumem, portanto, obrigações com abastecimento de água e serviços de coleta e tratamento de esgotos. Porém, com compromisso de, no prazo de até 12, universalizar as três etapas dos serviços.
O Governo do RJ e prefeituras dividirão R$ 27 bilhões pelas outorgas das concessões. Mas, as empresas se comprometem também com investimentos de outros R$ 27 bilhões. Além da Cedae, o Fundo do Itaú destaca:
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Mas, o Fundo do Itaú cita no relatório, nas operações de abril, a “redução de exposição nos papéis de Furnas (Centrais Elétricas) e Cemig (Distribuição)”. O dinheiro levantado nas vendas foi, de imediato, distribuído por “três alocações importantes para o fundo”. Em outras palavras, portanto, as estatais Furnas (Grupo Eletrobras) e Cemig (Governo de Minas) perderam certa relevância para o IFRA11.
O dinheiro foi, então, para empresas de telecomunicações e uma PCH: America Net (R$ 16 milhões), Brisanet (R$ 12 milhões) e PCH BV II (R$ 70 milhões). As teles, respectivamente, estão em São Paulo e Mato Grosso do Sul. A PCH é do Paraná.
O IFRA11 do Itaú foi iniciado em janeiro de 2020. A carteira exibe patrimônio líquido (volume financeiro) de R$ 987,6 milhões. Destes, R$ 933,2 milhões em debêntures incentivadas. Ou seja, os créditos privados participam com 94,5% do volume. O restante, portanto, investimentos públicos – Notas do Tesouro Nacional (NTN) e Caixa.
Os recursos do Fundo estão concentrados nos setores de concessões rodoviárias (45%) e de energia elétrica (37%).
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