Economia

Goldman Sachcs vira traço na Bradespar

A Goldman Sachs & Co. LLC  (Goldman Sachs Group) encolheu de modo significativo do capital acionário da Bradespar S.A. Em 21/11, via pool de seus agentes financeiros, alienou 10.626.898 ações preferenciais emitidas pela Bradespar (Grupo Bradesco). Isso equivale a 4,17% das ações da sociedade brasileira.

O Goldman Sachs, até então, detinha 7,35% das PNs da Bradespar. A posição representava 4,77% do capital total (Fonte: Bolsa de Valores B3 – 25/11/2025).

Na privatização da Vale

A Bradespar foi criada (2000) para gerir interesses do Grupo Bradesco no acordo do grupo de controle da então Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), privtizada em 1997, atual Vale. S.A. O acordo de acionistas findou em 2020, quando a Vale passou a ser corporação clássica, ou seja, sem controladores.

Das ações do capital da mineradora, 70,73% estão pulverizados no mercado investidor.

Bradespar vale R$ 7,2 bilhões

A Bradespar, entretanto, mantém os investimentos concentrados na mineradora. Além disso, ocupa cadeira no Conselho de Administração.

Em maio de 2024, a companhia comunicou que os dividendos pagos aos acionistas (remuneração anual e didivendos obrigatórios) somavam R$ 450 milhões. Ou seja, ganhos com os resultados da Vale.

O capital social da Bradespar é de R$ 5,6 bilhões (abril 2025). Pelos critérios da B3, seu valor de mercado, que era de R$ 8,9 bilhões, no final de 2023, caiu para R$ 7,238 bilhões (27/11/2025).

Goldman Sachs administra US$ 3,4 trilhões

Goldman Sachs é o principal banco de investimentos (e gestor de bancos) do mundo. No 3T25, a sua carteira de ativos sob gestão apresentou saldo de US$ 3,45 trilhões (Goldman Sachs, 14/10/2025), portanto, crescimento de 12% comparado ao 3T24.

Veja íntegra do comunicado de venda das ações da Bradespar.

Bradesco

Atrás do Itaú Unibanco (R$ 44,4 bilhões) e do Banco do Brasil (R$ 37,9 bilhões), o Bradesco lucrou R$ 17,5 bilhões nos 9M25. E segue, portanto, como segundo maior banco privado. Em mesmo critério, é o terceiro no ranking dos cinco maiores, seguido Caixa (R$ 14 bilhões) e Santander (R$ 13,9 bilhões), pelos dados do Banco Central (BC).

Nairo Alméri

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