Jair Bolsonaro (eleito pelo PSL, mas sem partido) precisa abrir mente para o seguinte: preside um país que, apesar de todo potencial, é o irrisório 1% do comércio global. E, portanto, consultar, sempre olhar para o topo da pirâmide do comércio global. Além disso, não esquecer, nunca, que é a China, por quesitos básicos, é quem dá as cartas: dimensão continental, densidade populacional e desenvolvimentos científico e industrial.
A China, aponta estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 2019, era, por exemplo, destino de 27,8% dos produtos do Brasil. Outros indicadores muito importantes: a Organização Mundial do Comércio (OMS) colocou Brasil com 1,2% das exportações globais, e, 1,%, nas importações. Respectivamente, portanto, ocupou 27ª e 28ª posições. Os Estados Unidos lideraram nas importações (13,4%), seguidos pela China (10,8%). Em exportações (Fazcomex), China (13,2% – US$ 2,494 trilhões), à frente dos EUA (8,7% – US$ US$ 1,665 trilhão).
É, portanto, enorme equívoco – e falta de plataforma diplomática – Bolsonaro tentar jogar para baixo questões da China. Não apenas na vacina Coronavac, contra a Covid-19, que ele transformou em bucha de canhão contra o governador de São Paulo, João Dória (PSDB). O governador é, no momento, um provável candidato que a opinião pública oferece para eleições à Presidência da República, em 2022.
O Brasil tem, além da dependência com no comércio unilateral, motivo extra para preservar os laços: o bloco econômico BRICs. O BRICs reúne economia do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Em novembro/2019, representavam potencial de US$ 15 trilhões (PricewaterhouseCoopers-PwC). Mas, de acordo com a CIA (Agência Americana de Inteligência), citada pelo Palácio do Planalto (nov/2019), o mercado seria 20% acima: US$ 18 trilhões. A agência utilizava dados do BIRD, FMI , ONU e Governos. A população chegava aos 3 bilhões de pessoas.
Mas, se argumentos técnicos são insuficiente para Bolsonaro pesar a relevância da China, poderá buscar exemplos comerciais. A promoção Dia dos Solteiros (11/11), Black Friday chinesa um deles. O Alibaba, maior site de varejo e-commerce chinês, por exemplo, vendeu a bagatela de US$ 75 bilhões (R$ 413 bilhões – cotação 12/11). As vendas incluíram negócios dos três dias anteriores.
No exercício de 2019, encerrado em março deste ano, a Alibaba, conforme noticiou a Reuters, teve US$ 1 trilhão de vendas internas. O valor foi recorde na empresa.
O Dia dos Solteiros deste ano vendeu 26% a mais que em 2019. Ouvido por agências de noticiário econômico, o analista de varejo Xiaofeng Wang, da Forrester, sinalizou com recuperação da economia. Além disso, que “os comportamentos de compra dos consumidores chineses já retornaram aos níveis pré-pandêmicos, se não estiverem até mais altos”.
Oliver Jacques Penhirin, diretor da Oliver Wyman, complementou, antes do evento, 86% dos chineses tinham intenção de compras igual ou superior a 2019.
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