Economia

Novembro ‘master’: corrupção, prisão de generais e COP30 pífia

O Governo Lula trata a política do país em patamares típicos de país susbesenvovido, tirando proveito em cima de uma sociedade que dá de ombros para isso. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) leva, então, a imprensa no modo troca de marmitas: um vazamento de escândalo novo, mesmo que de corrupção e contra o Planalto, pelo esquecimento de anteriores. 

Para abastecer essa estratégia de Lula, as gôndolas da Polícia Federal, Supremo Tribunal Federal (STF) e do Banco Central são fartas em opções. Ele tem, portanto, menu (pautas) suficiente para direcionar o noticiário diário – rádios, TVs e jornais.

O cardápio da sobremessa do PT é outro basicão conhecido: Lula e a mulher, a socióloga Rosangêla Lula da Silva (PT-PR), sempre embarcam nas asas da Força Aérea Brasileira (FAB) para bem longe quando escândalos viram pontos da curva de controle

Esse é o spcript do Lula-3 para as repetidas temporadas de escândalos. Em 2025, somente no bimestre janeiro-fevereiro o chefe do governo não abriu agenda Janjatur (turismo internacional para a mulher).

Descolando de tira-gostos amargos

Neste novembro, se ausentou do país por duas vezes. Primeira, em pleno início da Conferência do Clima a ONU (COP30), em Belém (PA). A outra, com a conferência a pouco dias do final, deixou para trás os resclados indesejáveis de um evento micado.

Lula buscou distância também de outros escândalos do mês. Um deles muito grave: nova engenharia de corrupçção e fraudes do (e no) Banco Master. A exemplo de outros casos, há rastro de pólvora por todos partidos politicos.

Corrupção é assunto proibido no Planalto

Mas, fato é que o cofundador do PT (1980) detesta o tema corrupção. Evita a pauta desde a prisão na Operação Lava Jato (2018). Depois de solto (2019) continuou calado. Não levou o assunto para os palanques da campanha (2022) nem para os discursos de posse (01/01/2023) nem após.

Banco de Vorcaro tem freguesia top

O Master, do mineiro Daniel Vorcaro, mostram os fatos conhecidos até agora, foi excelente aprendiz da cartilha da corrupção. Exercitou atos das grandes empreiteiras, agentes do Governo e partidos pegos na Operação Lava Jato e outras investigações.

A liquidação extrajudicial do Master e a prisão de Vorcaro, em 15/11, portanto, tiram o sono de figurões. Pega de A a Z no jet set da Praça dos Três Poderes. A PF sempre toca campanhia às 6h.

Liquidação rápida: sem intervenção

Cabe confrontar dois fatos no tratamento dado a Vorcaro. De um lado, uma presumível agenda com graudos, de Brasília, pressionou a rapidez do BC em baixar a liquidação extrajudicial do Master. Atropelou, portanto, a clássica intervenção. 

E some-se a isso a circulação de infográfico incômodo nas redes sociais. O material traça supostos elos (nomes) nas relações políticas com agentes públicos dos Três Poderes República nas ações Master-BRB.

Em outra extremidade, que a cortina do Master caiu com excessivo atraso. E só veio pela saturação no abuso de trapalhadas das negociações da compra pelo Banco de Brasília (BRB). O BRB é do Governo do Distrito Federal.

Conta bem bilionária da corrupção

Os descaminhos da instituição de Vorcaro com o BRB e fundos de previdências de prefeituras somam, preliminarmente, R$ 16 bilhões. Nesse portfólio, o BC anotou R$ 12,2 bilhões na rubrica de eventuais fraudes.

Levar Vorcaro para STF e CPI (!)

Está claro, até aqui, que, sem lastros político e técnico, Vorcaro não conseguiria imprimir tamanha velocidade e monta na expansão das carteiras de créditos (falsas ou não) do Master. Seria impossível também liquidar facilmente valores de vulto. 

As operações de crédito de Vorcaro apresentam casos milionários inusitados. Cabe, portanto, perguntar: a quem interessa a proposta de retirar já o caso da PF e BC e transferir para o STF e Congresso?

INSS liberou geral em consignados

O banco de Vorcaro, todavia, não foi caso isolado na pauta de escândalos e ilícitos com dinheiro público no mês. E olha que ainda restam cinco dias para o encerramento. 

Também no Dia da Proclamação da República, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) reapareceu. Deu conhecimento da liberação R$ 12 bilhões em consignados em nomes de crianças (até bebês) e adolescentes.

A autarquia é reincidente.

Friedrich Merz, Alcolumbre, Xi Jinpeng

Enquanto isso, a COP30 seguia o patinho feio da ONU. Foi assim desde anúncio da realização ao término. E serviu de palanque para o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz (Joachim-Friedrich Martin Josef Merz).

Para resumir, o alemão avaliou que o melhor momento da conferência era o do retorno para seu país. Na semana seguinte, porém, ele e Lula se encontraram na África do Sul, amarraram discursos com panos dos fisiologismos e apararam as arestas.

Em Bélem, o petista rodou tal qual biruta sob efeitos de tornado. Atirou para ventos opostos. Defendeu, por exemplo, a exploração do petróleo na Amazônia. Mas, depois, clamou por “mapa para (limite do uso) de energia fóssil” no planeta.

Exceto para o Governo do PT e seus “parceiros” de mídia, a COP30 não foi oportunidade jogada fora. Mas O Globo, tem que ser registrado, publicou (24/11) um editorial um pouco desfavorável: “COP30 deixa sabor de frustração“.

Aos olhos do mundo, tovadia, faltaram ao Governo Lula sabedoria e diplomacia para avançar diante das ausências dos chefes de peso. Entre estes os dos Estados Unidos, o presidente Donald Trump, e da China, o ditador Xi Jinpeng. O brasileiro fez o trivial conhecido: atacou Trump e silenciou para o seu ditador Nº 1 e mais adorado, Jinping.

Dos quase 200 (198) países e territórios signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), pouco mais de 30 chefes de governo compareceram à COP30. 

Leia a íntegra do documento final (de 22/11) AQUI.

A Petrobras na Bacia da Amazônia Equatorial é resultado da negociata política de Lula com o presidente do Senado e Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP). Para tal, Lula e Alcolumbre trocaram até a Legislação dos Licenciamentos.

Escalou o “Bessias”

Master, INSS e COP30 congestionaram o esforço do secretário da Comunicação Social e Marqueteiro de Planalto, Sidônio Palmeira (PT-BA), para melhorar o chefe nas pesquisas. O jeito, então, foi apelar para remendos de fácil degustação pela imprensa.

E veio a oficialização da Bessias, o advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, o “Bessias”, para o STF.

Com ele, o presidente tenta uma tacada dupla. Num lance, abafar a fervura do Master. Com outro, surfar um mimo até a bancada evangélica do Senado e da Câmara de Deputados.

Prisões de Bolsonaro e generais; pinta Correios

O Master, entretanto, ainda tem muita gordura para queimar. Se virado e revirado pelo avesso, há chance, então, de surgir uma pescaria farta em cardeais da Esplanada dos Ministérios e da Praça dos Três Poderes.

Como “Bessias” não gerou, de imediato, um extrato com saldo político favorável, coincidência ou não, o STF mandou prender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). Mas com um detalhe: ordem do ministro Alexandre de Moraes (STF) para ser executada com Lula e a mulher a milhares de milhas da costa brasileira. 

Nesta terça (25/11), a vez dos generais. É a conta da cúpula da “trama golpista” em ritmo de maratona. Vai engordar a mensagem de final de 2025, ou da chegada da 2026 – eleições.

Ao regressar da África, Lula e Janja, que sempre opina para o marido, esperavam calmaria. Mas não foi bem assim.  

Escapoliu das estratégias do PT e do ministro-marqueteiro o buraco profundo financeiro nos Correios – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Poderá superar R$ 12 bilhões. Mas nada se investiga com rigor.

Não ofende, pois, relembrar que em cima dos Correios, no carrossel de investigação em Comissão Parlamentar Mista de Inquério (CPMI – Senado/Câmara), em 2005, se descobriu a corrupção do Mensalão do PT. Corria o Governo Lula-1.

Daquela investigação vieram outras. Estre estas a da maior engenharia de ilíctos apurados no país: Operação Lava Jato.

Trump de Papai Noel de Lula

É prematuro, então, cravar que Lula navegará em índices desejados por ele já nas próximas pesquisas. Os atuais casos de corrupção, enfim, ainda renderão.

Nem pintando Trump de Papai Noel, afrouxando o cinto do tarifaço contra produtos do Brasil, se pode assegurar que os lucros serão imediatos para o petista.

Vai para COP31

A COP30, mesmo com a “parceria” do maior grupo de comunicação da América do Sul, ficou longe do “sucesso” da propaganda do PT pós-conferência. Prova disso é o agendão despachado para a próxima conferência, em 2026, na Turquia, com subdivisão preparatória na Austrália.

Nairo Alméri

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