Economia

Pesquisa: setor de serviços é o mais endividado em BH e em MG

As empresas de BH encerraram o ano de 2023 menos endividadas em comparação com as de outras cidades mineiras. O dado é resultado de levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), a partir de informações do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).  

No mês de fevereiro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023, o resultado se manteve, registrando um crescimento menor de inadimplentes na capital. Em Belo Horizonte, houve um crescimento de 2,6 % de CNPJs inadimplentes; no Estado, chegou a 6,71%.

Os dados apontados no levantamento no período indicam que os CNPJs devedores de Belo Horizonte com o maior número de negativações se concentraram nos segmentos de Serviços (52,34%), Comércio (29,66%), Indústria (6,57%) e Agricultura (0,14%). Já as outras empresas no Estado registram que o segmento com maior inadimplência foi o de Serviços (42,98%), seguido por Comércio (35,63%), Indústria (8,86%) e Agricultura (0,44%).

Tamanho das dívidas

Outro dado avaliado pelo levantamento foi em relação ao número de dívidas por CNPJ. Na comparação anual (fev.24/fev.23), as empresas da capital mineira tiveram um aumento de 3,67%, porém, na análise mensal (fev.24/jan.24), foi registrada uma queda de 2,65%. O mesmo indicador apresenta que, no Estado, houve uma queda na análise mensal, que passou de 10,33% em janeiro, para 7,99% em fevereiro.

O presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, avaliou que as empresas têm reagido bem às mudanças macroeconômicas, como a redução da taxa Selic, por exemplo. “Em um olhar local, a boa performance do comércio, que é a principal força de nossa economia, tem permitido que as empresas honrem seus compromissos”, afirmou.

Contas atrasadas

As principais contas em atraso das empresas na capital e no Estado são referentes à água e luz, serviços de comunicação e bancos. Os números apontam que, em Belo Horizonte, as principais dívidas são: serviços de comunicação (4,33%), contas de água e energia elétrica (4,26%), bancos (4,11%) e comércio (2,05%). Já as empresas de Minas Gerais acumulam débitos em água e luz (12,31%), bancos (10,87%), serviços de comunicação (5,81%) e comércio (2,31%).

O valor médio devido pelas pessoas jurídicas da capital mineira, em fevereiro de 2024, era de R$ 5.761,27, já as contas em atraso das empresas do Estado somam R$ 6.339,70.O resultado ainda indica que Minas obteve melhor resultado que o Brasil (9,41%) e a região Sudeste (10,25%).

Programas federais ajudam

Marcelo de Souza e Silva avaliou que os dados apontam uma melhora na capacidade de pagamento das empresas. “Ainda que o cenário seja de cautela, uma vez que os impactos da redução da taxa de juros na economia demoram a se materializar, essa desaceleração é reflexo de uma interação de fatores, que incluem não apenas a melhora econômica, mas também os resultados do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) e do programa Desenrola, destinado a aliviar o endividamento”, avaliou,

Além disso, o presidente da CDL/BH acrescenta que as possíveis influências sazonais e iniciativas adotadas pelos devedores para estabilizar suas finanças também contribuem para o resultado do indicador.

Orion Teixeira

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