Em gesto político populista, Jair Bolsonaro anunciou que sacará R$ 3 bi na Petrobras para o fundo do vale-gás GLP - Foto: Petrobras Divulgação
Petrobras agiu de forma evasiva ao questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre desvio de R$ 3 bilhões do seu caixa para fundo político, do vale-gás para o GLP. O chamado gás de cozinha sempre embala discurso político.
O tal fundo para o GLP foi anunciado pelo presidente Bolsonaro. Na resposta, nesta sexta (06/08) pela B3 (Brasil. Bolsa. Balcão), a estatal federal não convence o porquê da omissão ao mercado acionário. A notícia foi publicada pela Veja on-line, na quarta. O ofício da CVM (Ofício nº 181/2021/CVM/SEP/GEA-1) é datado de ontem.
A revista associa a queda nas cotações das ações da Petrobras à entrevista de Bolsonaro à Rádio 96 FM, na quarta (04/08). Foi nessa entrevista, portanto, o anúncio do presidente. Na Veja, que ouviu analista, o assunto recebeu o seguinte título: “Bolsonaro insiste em vale-gás bancado pela Petrobras e Ações caem“.
A CVM, portanto, quis saber se a notícia era “verdadeira”. Pediu que, em caso afirmativo, justificasse a ausência de fato relevante. Mas, na resposta, sem assinatura no portal da B3, a Petrobras tratou o assunto, como se diz na gíria, como café requentado. Optou por copiar trechos de outra resposta, de 31 /07. Em síntese, empresa diz participar de ações na área da “responsabilidade social”. Mas não cita qualquer relação ao GLP.
“Sensível ao impacto social do gás de cozinha (GLP), a Petrobras contribui ativamente nas discussões no âmbito do Ministério de Minas e Energia quanto a eventuais programas voltados às famílias vulneráveis. Não há definição quanto à implementação e o montante de participação em eventuais programas. Qualquer decisão estará sujeita à governança de aprovação e em conformidade com as políticas internas da Companhia”. Esse trecho é, porém, parte de comunicado do sábado passado.
Como fato novo, a estatal acrescentou que outras petrolíferas internacionais também registraram quedas em suas ações em mesmo dia. Assim, atribuiu a perda à baixa de 3,07% no barril do petróleo tipo brent.
No mercado de acionistas, todavia, está claro, desde junho, que a Petrobras começa a ter posturas políticas típicas de Brasília. E segue na frequência dos embates do chefe do Planalto com o Poder Judiciário. Ou seja, pintam mudanças de atitudes que não vieram de imediato à demissão (19/02) do presidente Roberto Castello Branco. Na época, Bolsonaro anunciou mudança de forma deselegante: via redes sociais. De cara, por consequência, a empresa perdeu R$ 28,2 bilhões no valor de mercado.
O chefe do Planalto impôs o general Joaquim Silva e Luna no comando da estatal. A alteração, com turbulências no Conselho de Administração, todavia, só foi formalizada na AGE de 12/04 de abril. Entretanto, efetivada uma semana após (19/04).
O militar, porém, antes mesmo da posse, dava ordens. As avaliações de analistas do setor óleo e gás, o general é um interventor de fato das vontades do presidente da República. Mas, mantinha, até mesmo, praticamente inalteradas a operacionalidade e relações com mercado.
Entretanto, pela via de Brasília, começa a sentir o sabor amargo das intromissões de Bolsonaro a partir da segunda quinzena de maio. O chefe do Planalto atacou no mesmo item da trombada com Castello Branco: preço dos combustíveis.
Desde 1989, um militar não presida a Petrobras. Portanto, retroage três décadas. Joaquim estava na presidência da UHE Itaipu Binacional, colocado por Bolsonaro.
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