Líderes de segmentos na América Latina, Marcopolo (ônibus) e Randon (implementos rodoviários, incluindo chassi), ambas de Caxias do Sul (RS), colocarão o pessoal em regime de férias coletivas. Isso como consequência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A decisão foi comunicada na manhã desta quinta (19/03) em comunicado conjunto.
Na Marcopolo, a medida vigora a partir da próxima segunda-feira (23/03), em todas as fábricas no Brasil. Inicialmente, o recesso foi programado para 20 dias. Com plantas em Caxias do Sul, São Mateus (ES) e Rio de Janeiro, a maioria dos seus 10 mil funcionários será impactada.
O Grupo Marcopolo responde por quase 50% dos ônibus (rodoviários e urbanos) montados no Brasil. Em 2019, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção nacional foi de 27.668 ônibus. Portanto, ficou 3% abaixo do resultado de 2018, quando somaram 28.536 coletivos.
Por sua vez, as Empresas Randon esclarecem que aplicarão o critério da seletividade entre as unidades, ou seja, haverá calendário com períodos diferentes. Em paralelo, às férias, as fábricas adotarão o expediente home office. Esta medida está associada à necessidade de evitar concentração nas dependências. Mas, o grupo ainda não definiu o início desse recesso.
A epidemia do Covid-19 surgiu em janeiro em Wuhan, cidade da província de Hubei, na China. Mas, rapidamente se espalhou por todos os continentes. Em fevereiro, passou a ser tratada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como pandemia.
A Mercedes-Benz montadora caminhões e fornecedora de chassi também para o mercado de ônibus, interromperá a produção. Porém, não associou às decisões das outras montadoras. A media foi anunciada ontem (18/03). As férias coletivas, num primeiro momento, foram programadas para o período de 30 deste mês a 19 de abril.
Até esta manhã, a Volkswagen Caminhões e Ônibus, de Resende (RJ), mantinha a decisão de seguir com a produção normal. Contudo, baixou a proibição de viagens internacionais de seus funcionários para as regiões mais afetadas pela pandemia do Covid-19. A montadora alemã tem parte dos fornecedores exatamente na província de Hubei, na China. Ressaltou que tanto em Resende quanto em Querétaro, no México, as operações não foram alteradas.
Outra encarroçadoura de ônibus importante que mantém a produção é a Caio Induscar, de Botucatu (SP). A empresa assegura ter adotado as medidas recomendadas pelas autoridades sanitárias e da saúde. E, a despeito do início de caos no abastecimento de componentes, a Caio garante que cumprirá todos os contratos de entregas com os clientes.
A Anfavea informou que não interfere nas decisões. Portanto, será postura de cada uma. Todavia, em resposta à consulta do portal especializado Diário do Transporte, antecipou que no dia 6 de abril, realizará um evento específico. O destaque da reunião será a “situação futura do mercado e os cenários previstos para o setor”, de acordo com o portal.
Cabe lembrar que, neste mês, a Anfavea decidiu cancelar o Salão do Automóvel, previsto para novembro.
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