Revitalização do Centro de BH começará com o Café Nice

A modernização do Café Nice dará início ao movimento para requalificar o hipercentro de Belo Horizonte. “Vamos abraçar o Café Nice e não deixar que ele feche as portas”, adiantou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva. A entidade será patrocinadora oficial do projeto de revitalização da cafeteria, que, até o final do ano passado, planejava o encerramento das atividades.

A ideia, segundo o dirigente, é preservar e valorizar a história da cidade, transformando o Café Nice em uma referência para a revitalização de outros locais icônicos da capital. Patrimônio coletivo, o estabelecimento carrega memórias e tradições enraizadas no coração da capital mineira. VEJA ABAIXO COMO FICARÁ A CAFETERIA RESTAURADA EM PROJETO DA OFICINA PARAÍSO.

Mesmo tendo perdido espaço, nos últimos anos, no cenário da capital, o Café Nice já deixou de ser um simples estabelecimento comercial. “É um patrimônio de Belo Horizonte de mais de 85 anos com muitas histórias para contar”, apontou o presidente da CDL/BH. “Tenho certeza que este projeto servirá de inspiração para que outros estabelecimentos icônicos da nossa cidade possam continuar vivos, movimentando o comércio de Belo Horizonte”, completou.

Preservar espaços públicos

A empresa responsável pelo projeto de revitalização da cafeteria é a Oficina Paraíso, que já transformou outros espaços em BH, como o Juramento 202, Cozinha Tupis e Forno da Saudade. A empresa também foi responsável pelo projeto de ocupação do Mercado Novo.

Segundo Douglas Issa, coordenador do projeto, a iniciativa não cuida apenas de um café, mas de um espaço de pertencimento. “Um ponto de encontro de vida pulsante. Um lugar onde vamos querer estar, revisitar, celebrar”, observou, acrescentando que as características originais do estabelecimento serão preservadas. “Manter a essência é um compromisso inegociável. Os significados do Nice estão nas paredes, nas fotos antigas, no balcão tradicional e até nos aromas que atravessam gerações”, avaliou.