Economia

Romi cobra R$ 37 mi por perdas no “Plano Verão”

A Indústrias Romi S.A. submeteu à Receita Federal, nesta segunda (17/02), outro pedido de “habilitação de créditos adicionais” aos já obtidos 2017 (dois) e em 2018. Desta vez, a Romi, um das principais indústrias de bens de capital do país, quer reaver R$ 37 milhões, também por perdas no “Plano Verão”. O plano impôs, por exemplo, expurgos inflacionários pesados (ver abaixo).

O valor, destaca nota da empresa, reflete impactos “sobre despesas de depreciação, amortização e baixas dos bens do ativo e a apuração dos respectivos tributos”. Esse reflexo cobre o período de 1997 e 2014. Se retornar o valor, o impacto será de R$ 27 milhões no lucro líquido da Romi, de acordo com a nota à B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), assinada pelo diretor de Relações com Investidores, Fábio Barbanti Taiar.

Romi levantou R$ 89 mil PIS/Cofins

Todavia, observa a Romi, o resultado está “sujeito à análise e deferimento (pela Receita)”. A empresa fez as compensações tributárias com os créditos anteriores. Em setembro, a empresa levantou R$ 89 milhões dos depósitos judiciais nos recolhimentos contestados de PIS e Cofins relativos à exclusão do ICMS.

O “Plano Verão”, decretado em janeiro de 1989, foi a terceira tentativa de controle de inflação pelo Governo Sarney (1985-1989). Era ministro da Fazenda o economista Maílson da Nóbrega (janeiro 1988 a março 1990).

Maílson assumiu com a inflação mensal de 16,51%, mas garantia que “seria suportável” em até os 18%. Porém, ao término do Governo Sarney, com Maílson na mesma pasta, chegou aos 84,31% ao mês (Fonte: IBGE). A inflação acumulada no Governo Sarney foi de 1.764,86% (IBGE).

Mesmo tendo conduzido o país à hiperinflação, Maílson, desde 1990, faz palestras (pagas) e escreve artigos com críticas aos fracassos dos governos. Federações filiadas à Confederação Nacional da Indústria (CNI) recebem o ex-ministro com frequência.

Nairo Alméri

Ver Comentários

  • Tá na hora da receita federal, também analisar o pleito, ja que imposto tem que ser pago por todos (PF e empresas), e saber também reconhecer quando alguém sai prejudicado por incompetência dos governos passados....

Posts Relacionados

Copasa: 3,7 milhões de mineiros não têm água tratada

Pode ser um bom negócio para quem vive disso, mas um estado, ainda que se…

21 horas atrás

B3 entra em elo do Master, apontado primeiro no ALÉM DO FATO

No saldo dos escândalos políticos e financeiros, novembro criou mais um calcanhar de aquiles para…

1 dia atrás

Saia justa na chapa aliada de Lula em Minas

Antes de encontrar o candidato, ou candidata, a governador(a) de Minas para fortalecer seu palanque…

5 dias atrás

Goldman Sachcs vira traço na Bradespar

A Goldman Sachs & Co. LLC  (Goldman Sachs Group) encolheu de modo significativo do capital…

5 dias atrás

Novembro ‘master’: corrupção, prisão de generais e COP30 pífia

O Governo Lula trata a política do país em patamares típicos de país susbesenvovido, tirando…

7 dias atrás

TCEMG investiga espionagem de estatal mineira por privatização

Em um despacho do conselheiro Agostinho Patrus, vice-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE),…

1 semana atrás

Thank you for trying AMP!

We have no ad to show to you!