Sabesp investirá R$ 15 bi até 2026. Imagem ilustrativa de estação da estatal paulista - vídeo institucional 2013 - Crédito: Reprodução/YouTube
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) segue com plano de metas da universalização dos serviços de saneamento básico para até 2029 bem encorpado. Desde a privatização (23/07/2024), portanto, os investimentos previstos são de R$ 70 bilhões. A projeção para o acumulado no longo prazo, até 2060, de R$ 260 bilhões.
Um ano antes da venda de parte das ações da administração estadual, a previsão de investimentos até 2029 era de R$ 66 bilhões. O Governo de SP saiu do controle (50,3%) da Sabesp, mas manteve participação de 18%. O novo acionista de referência, a Equatorial S.A. (controlada da Equatorial Participações e Investimentos S.A.), levou 15%.
O capital privado cresceu de 49,7% para 82%. O governo paulista pôs no caixa R$ 14,77 bilhões.
O investimento de longo prazo está detalhado no Relatório de Sustentabilidade 2024. O documento, de 186 páginas (sem data de edição), foi divulgado na manhã desta sexta (27/06) pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A companhia informa que investirá R$ 15,3 bilhões até 2026.
As principais metas de universalização de saneamento da Sabesp são:
Cobertura com água:
Cobertura com coleta de esgoto:
Tratamento de esgoto:
Quando o Governo de SP saiu do controle, a concessão da Sabesp cobria 375 municípios. Esse mercado era medido por 28,1 milhões de clientes abastecidos com água, e, 25,1 milhões com coleta de esgoto (Fonte; Gov. SP – julho/2024).
A companhia vislumbra para o período 2025-27 a incorporação de 8 milhões de pessoas ao serviço de água e esgotamento tratados. Isso implicará, portanto, em ligar, até dezembro do próximo ano, mais 1,5 milhão de imóveis na Região Metropolitana de São Paulo ao sistema de tratamento de esgoto.
No Relatório, destaca que, em 371 daqueles município, conforme o Ranking do Saneamento 2024 (ano-base 2022), do Instituto Trata Brasil, 25% da população “ainda não conta com tratamento de esgoto. Essa desigualdade impacta diretamente a saúde pública, o meio ambiente e o desenvolvimento das localidades”.
No país, segue o Trata Brasil, “aproximadamente 32 milhões de brasileiros estão sem acesso à água potável e cerca de 90 milhões não possuem acesso à coleta de esgoto”.
A Sabesp informa que “preserva 49 mil hectares de Mata Atlântica – incluindo 10 mil hectares de espelhos d’água”. Acrescenta que, nos primeiros anos deste século, pesquisadores vinculados à USP, UNICAMP e UNESP cadastraram 260 espécies de árvores, 198 de aves, 35 de répteis e 41 de mamíferos na biodiversidade da Reserva Florestal do Morro Grande, no Sistema Cotia, município de Cotia.
“Em relação aos insetos, foram encontradas 100 espécies de aranhas orbitelas e 212 espécies de borboletas frugívoras. Esses dados mostram apenas uma parte da rica diversidade biológica da Mata Atlântica, que é sustentada por complexos arranjos ecológicos e precisa ser protegida para o bem das gerações atuais e futuras”, registra o Relatório.
A Sabesp registrou no 1T25 vendas de R$ 8,426 bilhões. Portanto, elevação nominal de 28,4% frente ao 1T24. Com o lucro líquido, porém, expansão extraordinária de 80%, para R$ 1,482 bilhão.
A rubrica do ativo total da companhia mostra evolução de R$ 80,965 bilhões, em 31 de dezembro, para R$ 85,690 bilhões, em 31 de março último. Ou seja, 6% acima.
O Relatório, no item “2.1 Sabesp rumo à universalização”), exibe, em destaque, expressão que lembra slogan do “Plano de Metas” do Governo JK (1956-1961).
O ex-presidente Juscelino Kubitschek cunhou a frase: “50 anos em 5 anos“. A companhia paulista, ao citar o investimento até 2029, grafou: “Avançar 5 décadas em 5 anos (…)”.
Acesse AQUI o relatório da Sabesp.
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