Economia

Sem Eletrobras, Era Vargas fica pela Petrobras e BNDES

Quando o Governo privatizar a Eletrobras, das grandes empresas setoriais idealizadas e criadas nos Governo de Getúlio Vargas restarão sob controle da União a Petrobras e o BNDES. Pois, as gigantes criadas naquela época, a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD – atual Vale S/A) e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), respectivamente, mineração e siderurgia, foram vendidas pela União.

O Tribunal de Contas da União (TCU) deu o passo final na fase autorizativa de venda da Centrais Elétricas Brasileiras S/A (Eletrobras), com a aprovação, na quarta (18/05), da “modelagem de desestatização”.

A Eletrobras foi idealizada por Vargas em 1954. Mas, a aprovação no Congresso Nacional veio em 1961 e, a criação, em 11 de junho de 1962, no Governo João Goulart. Ou seja, a companhia ingressa nos 60 anos de criação com o bolo de festa da festa do Governo Bolsonaro passado pelo TCU.

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Vargas fundou a Vale em 1º de junho de 1942, em Itabira (MG). Portanto, daqui a 13 dias completará 80 anos. O Governo Fernando Henrique vendeu em 6 de maio de 1997, por R$ 3,338 bilhões.

A CSN data de 9 de abril de 1941. Criada em Volta Redonda (RJ). O Globo definiu a usina como “um dos principais símbolos da economia estatal”. O Governo Itamar Franco transferiu à iniciativa privada em 2 de abril de 1993. Arrecadou R$ 1,2 bilhão.

Petrolífera e banco

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) data de 20 de junho de 1952, mas sem o Social no nome. Completará, portanto, 70 anos. A Petróleo Brasileiro S/A (Petrobras) aparece em 03 de outubro de 1953.

TCU aponta subavaliação pela Eletrobras

O Governo Bolsonaro criou, em 2021, e o Congresso aprovou, a estatal Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar). A empresa receberá, portanto, os ativos da Termonuclear e da Itaipu Binacional, que ficarão fora da desestatização da Eletrobras.

Mas, de acordo com a Reuters, o TCU apontou irregularidades em dividendos e avaliações de ativos das empresas que irão para à ENBPar.

Nairo Alméri

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