As instituições do Sistema S – Sesc, Sesi, Sebrae etc. – sempre inspiraram desconfianças quanto ao uso das verbas que recebem pela via parafiscal. O maior volume do dinheiro dos seus orçamentos é, portanto, arrecadação compulsória de empresas da indústria, comércio e serviço. Os valores resultam de alíquotas diferenciadas sobre as folhas de salários.
Porém, nesta quarta (09/09) surgiu um ingrediente novo. Veio do retorno das investigações e apreensões de documentos pelo Ministério Público e Polícia Federal em instituições vinculadas à Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (FComércio-RJ). MP e PF teriam encontrado evidências de práticas de corrupção em contratos com escritórios de advocacia no Senac e Sesc regionais.
Não se trata, todavia, de bancas de advogados de pouca notoriedade. Estão citados e investigados, por exemplo, defensores de personalidades públicas da vida política. Algumas já investigadas, processadas, condenadas e presas por corrupção.
Entre os advogados alvos, da Lava Jato, hoje, figuram defensores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP), ex-governador Sérgio Cabral (PMDB/MDB-RJ) e governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC-RJ). As investigações buscam destinos de R$ 151 milhões.
Mas, denúncias de corrupção no Sistema S antigas. Assim como nas Diretorias Regionais, o Sesi Nacional, um dos S da Confederação Nacional da Indústria (CNI), é alvo de investigações. Algumas por auditorias da Controladoria-Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU) com desdobramento. Portanto, com investigações, buscas, apreensões de materiais e prisões pela PF.
Contudo, algumas denúncias não evoluíram. Entre essas, uso de verbas do Sesi para bancar projetos de hípica onde o então presidente nacional, Jair Menguelli, tinha cavalos associados. Ou seja, fora das finalidades do Estatuto.
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