Dólar atingiu cotação histórica nesta quinta (28/11) por conta do pacote fiscal do Governo Lula - Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Aquilo que o doleiro da esquina vai contar para todo mundo: dólar a R$ 6,0029, na máxima, às 14h10, disparada de 1,41%. Depois, recuo para R$ 5,9960. Cotação nunca vista desde a edição do Plano Real, em julho de 1994.
No mês, a moeda norte-americana subiu 2,27% e, no ano, 21,84%. Enquanto isso, às 14h10, o investidor em ações, na Bolsa de Valores B3, olhava aflito o gráfico da Ibovespa despencar 1,28%.
A disparada desta quinta (28/11) se deveu à trapalhada do Governo Lula na apresentação do pacote fiscal. A gota foi a mistureba de redução nas despesas com a renda dos cidadãos. O câmbio, todavia, vinha aquecido por esse longo período de expectativa do anúncio dos cortes nos gastos.
Os profissionais do câmbio, claro, estão agradecidos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP), na pessoa do ministro da Fazenda, Paulo Haddad (PT-SP). Haddad teve dificuldades para desembrulhar o pacote. O ministro embolou reajustes do salário mínimo, cortes em benefícios sociais, imposto de renda, aposentadorias e pensões dos militares. No portfólio dos militares, haveria penduricalhos nas pensões hereditárias amarradas à Guerra do Paraguai (1864-1870).
“Para distribuir o impacto dos cortes aos mais ricos, o governo propõe acabar com brechas que burlam o teto dos supersalários no serviço público e reformar a previdência dos militares”. A afirmação está em nota da Agência Brasil, órgão oficial do Governo.
A contenção de gastos não subiu ao andar de cima: Judiciário e Legislativo. Os orçamentos políticos nem lembrados. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), garantiu ao ministro Haddad que o pacote fiscal será prioridade na pauta do Congresso.
A vedete continuou com a isenção do Imposto de Renda nos salários para quem recebe até R$ 5 mil mensais, promessa de Lula nos palanques. Como não há almoço grátis, isso vai gerar um buraco para o Governo, que nunca cortou gastos. Abrir mão dessa receita tributária exigirá criação de outra fonte para preencher o buraco. Haddad pincelou que o Governo vai tirar dos mais ricos. Essa conta começaria próximo dos R$ 40 bilhões/ano. O cachorro da contenção dos gastos, começa, então, a correr atrás do rabo.
O ministro soprou, mas não pontuou, R$ 70 bilhões a serem retirados do orçamento no biênio 2026-2027. O entendimento para chegar nos R$ 327 bilhões, até 2030, ficou para depois. Na ponta da linha, economia mirabolante de R$ 1 trilhão, em dez anos, não se falou.
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