Um dos garimpos ilegais de ouro desativados pelo Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama, em maio de 2020, em áreas protegidas, em Terra Indígena Kayapó, no Pará. Crédito: Felipe Werneck/Ibama/Divulgação em Relatório
Alvo frequente de críticas e processos, a mineradora Vale S.A. decidiu, há dois anos, retirar todos os pedidos de novas lavras em territórios indígenas na Amazônia. Só pretende retomar quando o país tiver legislação adequada de respeito aos direitos povos nativos. E isso, portanto, com cumprimento do “Consentimento Livre, Prévio e Informado (CLPI)”.
Em abril de 2020, portanto, a companhia assumia no Brasil mesma postura praticada no Canadá. Em setembro passado, ela concluiu a devolução à Agência Nacional de Mineração (ANM) de 103 pedidos de extração mineral em territórios indígenas. Mas, naquele ato, em 21/09, a Vale garantia em nota que não tinha mais qualquer tipo de operação e/ou pesquisa em áreas de nativos.
Está gostando do conteúdo? Compartilhe!…
Enquanto isso, em mesma época, conforme o site Mongabay, especializado em questões ambientais, a Anglo American fazia caminho oposto. Defendia perto de 300 requerimentos em terras de indígenas.
Assim, em tese, a Vale passa longe do atual momento negativo para as atividades econômicas na Amazônia, diante do duplo assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. Restos mortais que a Polícia Federal supõe serem deles foram transferidos nesta quinta (16/06) de Manaus (AM) para perícia em Brasília.
Os dois estavam desaparecidos desde o dia 05/06, quando se deslocavam de barco para Atalaia do Norte (AM). A motivação do crime dos dois defensores das causas indígenas da Amazônia, principalmente em áreas de mineração e garimpos ilegais, ainda não foi esclarecida pela Policia Federal.
MATÉRIA RELACIONADA:
Avião da PF com restos mortais encontrados na Amazônia chega a Brasília
A postura da Vale, portanto, entra na expectativa do que acontecerá dentro do Supremo Tribunal Federal (STF). No Supremo, corre o julgamento do “marco temporal” que o Governo quer impor na demarcação das terras indígenas.
Pelo critério do Governo Bolsonaro, os índios só teriam direitos sobre áreas ocupadas e com atividades antes de 05 de outubro de 1988. Ou seja, até a data de promulgação da Constituição Federal.
No dia 02 passado, porém, o STF retirou da pauta da sessão do dia 23/06 a continuidade do julgamento do “marco temporal”.
O julgamento interfere na vida de 305 povos no Brasil. De acordo com a entidade Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), há um congestionamento de mais de 800 processos abertos para demarcação de territórios indígenas.
Além daquilo que corre dentro do STF, há o conflitos entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e segmentos da sociedade sobre terras indígenas.
Perto daquelas horas de decisão, o presidente Lula (PT) volta a Minas, nesta sexta (29/8),…
Os novos controladores da mineradora Itaminas (Itaminas Comércio de Minério S.A.), de Sarzedo (MG), consolidaram…
Belo Horizonte, Araxá, Contagem, Guaxupé, Itabirito, Mariana, Ouro Preto, Sete Lagoas e Varginha são os…
A independência nas atividades entre os Três Poderes da República está clara na Constituição. "Art.…
A possível troca do partido Novo pelo PSD do senador Rodrigo Pacheco, antecipada nesta coluna,…
No dia 12 de agosto, Belo Horizonte uniu-se aos outros 578 municípios mineiros onde a…