Pelo visto, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), não se contentou em jogar no lixo o Estatuto da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de Minas Gerais (Fapemig). Em outubro de 2023. Na semana passada, lançou o ponto de partida na implosão da sustentação da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais como ente de Estado.
O “Acordo de Cooperação Técnica para Gestão Compartilhada da Sala Minas Gerais e Mineiraria”, assinado na sexta (05/04), entre a estatal Codemig e o Sesi Minas, transfere a “gestão” da Filarmônica e da estrutura Sala Minas Gerais. Passará, portanto, ao Sistema Fiemg. É aí, de acordo com os movimentos contrários à decisão de Zema, que estaria a missão para o “desmonte” da Sinfônica.
Secretário de Zema usou CNPq e azedou o leite (Fapemig)
Toda infraestrutura da Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, sede da Filarmônica, foi construída com dinheiro do Tesouro do Estado. Na prática, portanto, tudo passará ao comando do Sesi MG, ou seja, às orientações políticas do Sistema Fiemg.
As justificativas, entre elas a presumível inoperância da Sinfônica até “subutilização” da Sala Minas Gerais, foram rebatidas com dados de programação em poder do Governo Zema. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, seguiu em mesma toda do parceiro no acordo.
“Aquilo que é ocioso não consegue se manter. Quem vai montar uma estrutura aqui para ter apenas três horas de espetáculo por semana? Este prédio tem que estar vivo, ocupado, borbulhando o dia inteiro. O prédio é magnífico, mas infelizmente está subutilizado. Vamos manter a potencialidade da Orquestra e manter o espaço vivo da cultura de Minas Gerais”, declarou Roscoe. (sic – O Tempo – 05/04/2024).
O Instituto Cultural Filarmônica (ICF), responsável Filarmônica, em mesma matéria do jornal, contestou. “O ICF, por outro lado, argumenta no sentido contrário. “A Sala Minas Gerais já possui uma ocupação por parte da Filarmônica de 270 dias por ano, sendo mais de 80 apresentações nas tradicionais séries de concertos com a presença de convidados de renome internacional e um público anual de cerca de 100.000 pessoas, além de ensaios e ações educacionais gratuitas, como os Concertos para a Juventude e os Concertos Didáticos”, aponta o instituto em nota. “A sala de concertos é também o local para a gravação de todos os álbuns da Filarmônica, totalizando 12 lançamentos internacionais, com uma indicação ao Grammy Latino em 2020”, complementa. (sic – do jornal). Leia mais no link postados abaixo.
Nesta segunda (08/04), entidades e pessoas “amigas” da Filarmônica circulam as redes WhatsApp abaixo-assinado (veja no link Contra o Desmonte…) contra o ato do governador Zema. Um deles, apelou: “Precisamos de mais 1352 assinaturas. Nós podemos ajudar assinando”.
Em fevereiro de 2018, o Governo de Minas Gerais, via Agência Minas, comemorou os méritos dos dez anos da Filarmônica. Em janeiro de 2019, porém, início da administração Zema, trouxe outra visão.
A parte da sociedade mineira preocupada com a proteção e desenvolvimento da cultura no Estado tem viva a sanha do governador contra a Rádio Inconfidência. Relembre AQUI.
Até o momento, entretanto, não houve manifestação de órgãos públicos pela Filarmônica. Seguem surdos e mudos, por exemplo, os deputados da Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa (ALMG).
(Fonte: site da Filarmônica)
Veja nos links abaixo o noticiário oficial das partes diretamente envolvidas (Governo Zema e Sistema Fiemg), e as reações contra o chamado “desmonte” da Filarmônica:
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Fiemg é melhor gestora que o Estado.
O dedo podre do Zema destruindo tudo que toca.
Esse governador, envergonha os políticos mineiros
o que esperar de governos de direita???? É só isso mesmo: entregar tudo tudo à iniciativa privada, destruir instituições; eles odeiam cultura, educação e ciência. Querem é deixar os ricos cada vez mais ricos, aumentando pobreza entre as classes média e baixa. Já fui conservadora e de direita, depois dos últimos governos federal e estadual, aprendi a verdadeira face da direita. Não apoio mais a direita. meu apoio é centro-esquerda hoje em dia.
A ultradireita menospreza a cultura.
O governador segue a mesma linha insana bolsonarista. Um povo culto que pensa não é o seu público frágil e que engole tudo a seco sem questionar porque não consegue desenvolver um debate inteligente e conciso. Po risto se tornam presas fáceis para estes aventureiros da política.
O que esperar de um sacripanta xucro como o Zema? Um homem que despreza cultura, arte, educação, ciência, conhecimento etc. Só soube endividar Minas e babar nas bolas do genocida!
O que esperar de um governador tapado e diplomado, chegou nessa idade e não aprendeu nada na vida. Cultura é desnecessário na visão débil dele, o que as pessoas precisam é trabalhar de segunda a sábado nas suas lojas até se aposentar com um salário mínimo.
Procurem responder as seguintes perguntas:
1. Em que contexto foi criada a filarmonica?
2. Desde sua criacao, quanto o governo de Minas repassa anualmente para sustentar essa orquestra? Eu mesmo respondo, em torno de 22 milhoes anuais e isso é dinheiro público!
3. Quanto desse valor poderia ser investido na variedade de manifestacoes culturais em nosso Estado? A orquestra que é verdadeiramente patrimonio cultural do Estado (reconhecida por lei na ALMG) é a Orquestra Sinfonica De Minas Gerais, que oferece acesso ao público em geral e nao a uma restrita elite.