Vice-governador Mateus Simões (Novo), foto Dirceu Aurélio/Agência Minas
A possível troca do partido Novo pelo PSD do senador Rodrigo Pacheco, antecipada nesta coluna, não será suficiente ao pré-candidato a governador e atual vice, Mateus Simões. Mais do que isso, Simões terá que mudar também a atual narrativa, que o fez se deslocar do centro-direita para a extrema direita.
É sabido que, de 20 a 30% do eleitorado, é bolsonarista e que outro percentual semelhante é lulista. A maioria restante, de 40 a 60%, espera alguém que conquiste sua confiança, apresentando resultados e propostas que melhorem suas condições de vida. Ou seja, há um espaço gigantesco para crescer e avançar pelo centro político.
Simões bate cabeça com outro concorrente de seu campo, o senador Cleitinho (Republicanos), de natureza bolsonarista. Tanto é que fez agenda com Bolsonaro em BH e afiou o discurso contra o PT em uma narrativa dominada pelo rival.
A lição já foi dada, na eleição municipal passada, pelo ex-prefeito Fuad Noman. Bateu a esquerda e a direita no primeiro turno e virou pra cima da extrema direita no segundo turno. Não foi bolsonarista nem lulista, apenas ocupou vazio do centro e, como discurso, exibiu obras e realizações.
As conversas de Brasília reafirmam que a indefinição de Pacheco levou o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, a abrir portas para Mateus Simões. Antes disso, Kassab chegou até a cortejar, sem sucesso, o ex-prefeito de BH Marcio Lacerda.
Na semana passada, o presidente estadual do PSD, Cássio Soares, admitiu, em entrevista à Band Minas, que, se Pacheco for candidato a governador, não seria pelo partido. Afirmou que Pacheco teria se desviado por um caminho, a aproximação com Lula (PT), que não é do PSD nem de Kassab.
A exemplo do governador e pré-candidato Zema, os presidenciáveis da direita cometem o mesmo erro. Todos querem ser adversários do presidente Lula, adotando a narrativa antipetista. Nenhum deles diz o que está fazendo, o que fez e o que fará caso eleito. Apostam na polarização e pronto, perdendo-se nas trapalhadas do bolsonarismo e na crise Brasil e EUA.
As reações raivosas e ofensivas de bolsonaristas à antecipação de pré-candidatos da direita não podem ser comparadas, simplesmente, à “briga de marido e mulher”. Em consecutivos casos, a escalada agressiva avança para atos de violência física e até o feminicídio.
Depois do Mineirão, agora será a vez da Arena MRV inaugurar a Sala Lilás. Trata-se de espaço de acolhimento à mulher em caso de denúncias de assédio, racismo, importunação sexual e outras formas de violência de gênero. A iniciativa conta com o apoio do Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública, Secretaria de Desenvolvimento Social, Polícia Civil e Polícia Militar. Em 2021, no momento de pós-pandemia, o Mineirão viveu uma crescente no número de casos de importunação sexual. Além de incentivar a presença da mulher nos estádios, a medida permite que elas possam fazer denúncias de violência em suas próprias casas.
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