Desembarca amanhã (05/08) no Brasil o conselheiro de Segurança Nacional do Governo Joe Biden, Jake Sullivan. Chega 30 dias após a presença em Brasília do diretor-geral da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês), William Joseph Burns. Pressão dos EUA contra tecnologia 5g da Huawei da China no Brasil foi o cardápio de Burns. Sullivan, por sua vez, traz um pacote mais amplo: Huawei, Cuba, Venezuela, Amazônia e Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Sullivan desembarca dois dias após a publicação de benefício pelo Governo Bolsonaro à Huawei.
Huawei tem sido cavalo de batalha dos EUA nas relações comerciais e política contra a China, desde Donal Trump, antecessor de Biden. A Casa Branca acusa a China, via 5G da Huawei, de espionagem e ameaça à segurança de Estado, à rede de dados e setor financeiro.
Huawei: Bolsonaro ignora pressões de Biden contra 5G
A agenda do Conselheiro de Biden lista dois personagens que pisam em pântanos na política brasileira. O próprio presidente Jair Bolsonaro. Este quer abolir a eleição pelo voto em urna eletrônica, com retorno ao impresso, ofende o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Barroso. O chefe do Governo tenta desacreditar o sistema eletrônico com seguidas acusações de fraudes. Entretanto, não apresenta provas. O conjunto de sua campanha afunilou, portanto, nesta semana, na aprovação de abertura processo contra ele no TSE.
O chefe do Planalto é citado e atacado na CPI da Covid-19, como responsável pelo elevado número de mortes no país (580 mil) pela pandemia. E também por prevaricação, ao não determinas apuração de prováveis tentativas de corrupção nas compras de vacinas pelo Ministério da Saúde. A corrupção teria sido abortada após denúncias.
Sullivan terá agenda com o ministro da Defesa, general (reserva) Braga Netto. O militar entra também no furacão da mesma CPI por fatos ocorridos, na área do Governo, enquanto ele foi ministro-chefe da Casa Civil. Mas, o general deverá ouvir orientações dos EUA quanto à presença do Brasil no Conselho de Segurança da ONU. A partir de 1º de janeiro de 2022, será integrante rotativo, por dois anos. Ou seja, um gostinho no sonho de vir a ter cadeira permanente no Conselho.
Braga Netto, entretanto, pegará carona no tema Amazônia, a carne de pescoço no olhar de Biden para Governo Bolsonaro. A Casa Branca impõe ao Planalto condicionantes para abrir linhas de crédito. Mesmo assim, procura abrir canais de entendimento com o Brasil.
No Brasil, por exemplo, o assessor especial dos EUA para o clima, John Kerry, toca essa pauta com os Estados brasileiros. Ou seja, permanece aberto o enorme leque de descrédito no presidente brasileiro. Sullivan também se encontrará com governador, de acordo com a Folha SP.
Por enquanto, então, o presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL), vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, continua fora da agenda. Segue, portanto, no isolamento imposto por Bolsonaro.
O terceiro interlocutor brasileiro de peso na agenda do assessor de Biden será o ministro das Relações Exteriores, Carlos França.
Quando Burns esteve aqui, partidos de Oposição, principalmente o PT, cobraram do Governo Bolsonaro explicações para audiência e assuntos tratados. Foi divulgado apenas Huawei. Este, porém, era público bem antes. Burns desembarcou em 1º de julho, também uma quinta-feira.
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Fake News! O presidente não quer abolir o voto em Urna eletrônica. Ele quer aprimorar e incluir a auditoria com o voto impresso pois hoje não é possível saber se o software da Urna registra no banco de dados o que o eleitor realmente votou. Somente uma comprovação em papel pode conformar que o software não foi manipulado.
Fake news sua, Sr. Júlio. O TSE já asseverou que as urnas e, portanto, os votos, são auditáveis em todos os estágios.
Fake News #2 Não houve corrupção a ser abortada. As alegações de sobrepreço são falsas e erros de Proforma Invoice são comuns. Proforma = Rascunho!