Contrariando as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e na contramão do que vem fazendo todos os países do mundo para enfrentar a pandemia do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro decidiu esticar a corda. Contra sobretudo o isolamento social, sob a alegação de grandes prejuízos para a economia, o presidente lança campanha publicitária nacional, que começa a ser veiculada hoje (27-03), com o mote #oBrasilNãoPodeParar.
Na terça-feira, em pronunciamento à Nação que chocou as autoridades de saúde e boa parte dos brasileiros, o presidente criticou as medidas de isolamento para tentar conter a contaminação acelerada pelo vírus, que pode causar um colapso no sistema de saúde, e classificou a Covid-19 como uma “gripezinha”. um “resfriadinho”.
No vídeo (abaixo), a qual o Além do Fato teve acesso, o locutor afirma, num trecho final da peça: “Para quem defende a vida dos brasileiros e as condições para que todos vivam com qualidade, saúde e dignidade, o Brasil, definitivamente, não pode parar”.
Inevitável lembrar o grande jogador Garrincha, que ao ouvir o técnico Vicente Feola, na Copa de 1958, traçar a estratégia para o Brasil vencer a União Soviética, perguntou se ele havia combinado todas aquelas táticas com os russos. É o caso de perguntar ao presidente Bolsonaro se ele combinou com o coronavírus para não infectar os brasileiros que forem às ruas atender seus apelos.
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