Ex-braço direito, Joice é destituída por Bolsonaro, foto Michel Jesus/Agência Câmara
Fogo no parquinho do PSL: o partido do presidente da República, Jair Bolsonaro. Por se intrometer nos assuntos internos da legenda, ele foi derrotado duas vezes dentro do próprio partido nesta quinta (17). Primeiro, quando tentou derrubar o líder do PSL, Delegado Waldir (GO), colocando no lugar dele o próprio filho, deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP), o mesmo que estava cotado para ser embaixador brasileiro.
A segunda derrota foi a destituição dos filhos dele dos comandos regionais, em São Paulo (Eduardo) e do Rio de Janeiro (senador Flávio) em resposta à primeira ameaça. Além deles, a deputada Bia Kicis (bolsonarista) também foi removida da presidência do PSL do Distrito Federal.
Em represália, Bolsonaro voltou ao fogo e destituiu a deputada federal Joice Hasselmann (SP) da liderança do PSL no Congresso Nacional. Sua destituição foi definida, na tarde desta quinta, depois de ela ter se posicionado pela continuidade do Delegado Waldir na liderança da bancada do PSL da Câmara, contrariando interesse do chefe, que queria colocar o filho no posto.
“Sendo uma prerrogativa do presidente da República escolher seus líderes para representar o governo no Poder Legislativo, será encaminhada mensagem ao Congresso Nacional informando a substituição da deputada Joice Hasselmann pelo senador Eduardo Gomes (MDB-TO) na função de líder do governo naquela casa legislativa”, disse o porta-voz da presidência, general Otávio do Rêgo Barros.
O racha no PSL entre bolsonaristas e pesselistas provocou a turbulência nas bases governistas e é resultado de uma terceira derrota do presidente. Ele queria destituir do comando partidário o atual presidente, o deputado Luciano Bivar (PE). Na semana passada, Bolsonaro disse a um aliado para esquecer Bivar porque ele estaria “queimado”. Bivar ficou, e Bolsonaro já pensa em sair do PSL.
Mas a crise não acaba aí. Em meio ao tiroteio, Delegado Waldir (GO), que foi mantido líder do partido na Câmara, foi gravado dizendo que irá implodir o governo Bolsonaro.
“Vou fazer o seguinte, eu vou implodir o presidente. Aí eu mostro a gravação dele, eu tenho a gravação. Não tem conversa, eu implodo o presidente, cabô, cara. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo, cara. Eu votei nessa porra, eu andei no sol 246 cidades, no sol gritando o nome desse vagabundo”, disse o deputado.
Nos bastidores, dizem que a briga interna está sendo provocada pelo fundo partidário do PSL de R$ 110 milhões de recursos públicos em 2019, a maior fatia entre todas as legendas, para as eleições do ano que vem. Além disso, o partido ainda está enrolado na justiça eleitoral pelo desvio de recursos de candidaturas fictícias de mulheres, as chamadas candidaturas laranja nas eleições passadas. Por conta disso, um ministro já foi demitido da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, e outro foi indiciado pela Polícia Federal, Marcelo Álvaro Antônio (Turismo).
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