Deputado Professor Cleiton denuncia, da tribuna da Assembleia, o desmonte da Feam, foto Elizabete Guimarães/ALMG
O aviso teria sido dado pelo ex-presidente da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), Rodrigo Franco, antes de ser preso ontem pela Polícia Federal na Operação Rejeito. Ao interlocutor, disse que já desconfiava que iriam chegar até ele. Afastado há quatro dias do cargo, reforçou a advertência: “se acontecer algo comigo, vou entregar a turma”. Ele se disse “pau mandado” e que as “ordens vinham de cima”.
A operação revelou um esquema criminoso envolvendo empresários e servidores de órgãos ambientais em favor da mineração em áreas protegidas, como a Serra do Curral, em BH. Além de Franco, outros quatro da Feam e um do Instituto Estadual de Florestas (IEF) foram apontados pela PF como suspeitos de participação na organização.
A operação policial abriu a caixa preta dos licenciamentos suspeitos, classificados como ‘comprados’. De acordo com uma fonte, a regra de liberação era “pagou, licenciou”.
As fraudes tomaram conta da Feam depois que ela foi transformada em órgão político pela reforma administrativa do governo Zema. As mudanças seguiram modelo do ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (governo Bolsonaro), para o qual reformas deveriam “abrir a porteira e passar a boiada”.
Com a reforma do governo estadual, a fiscalização foi desmontada e sucateada, sendo transferida da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento (Semad) para a Feam, onde não há servidores de carreira. Na Secretaria, a fiscalização era feita por servidores de carreira, concursados, que conheciam Minas e que trabalham com a convicção de que serviam ao estado e não a um governo.
Dentro do governo, argumentava-se que a reforma seguiu o modelo de Santa Catarina, que não é um estado minerador e nem tem barragens como as de Minas.
A defesa informa que Rodrigo Franco nunca se manifestou sobre as investigações em curso, menos ainda, assumiu culpa ou fez menções a outras pessoas. “A própria sugestão da reportagem indica erro de informação, pois é impossível que qualquer investigado soubesse, antecipadamente, de uma operação sigilosa que se realizaria no futuro. Lamentavelmente, esse tipo de informação fornecida à imprensa, por pessoa protegida pelo anonimato, causa na opinião geral a formação antecipada de juízo culpabilidade, além de sugerir erroneamente a existência de indisposição entre os investigados”, afirmou o advogado Estevão Melo.
Os servidores da área ambiental de Minas estão em greve há 17 dias e às vésperas da realização, em novembro, da COP-30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), em Belém (PA). Vem mais desgaste político por aí.
Acontece, nesta quinta, na Assembleia Legislativa, uma manifestação de servidores da Emater/MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas). São contra a federalização de sua sede. O prédio da empresa não entrou na lista de mais de 300 imóveis estaduais. Bem equipado, o imóvel teria sido oferecido para sediar o Tribunal Federal da 6ª Região (TRF-6). A direção da estatal também está em pânico.
A TV Globo abriu concorrência e convidou quatro institutos de pesquisas para as eleições do ano que vem. Apesar disso, já escolheu o nome do profissional que irá contratar e ele não é de nenhuma das empresas convidadas.
Depois de BH, Brasília e Rio, o jornalista Paulo César de Oliveira faz, nesta quinta, em São Paulo, o 4º lançamento de seu 4º livro, ‘Crônicas Políticas de Um Mineiro’. São registros feitos em 60 anos de testemunhos da política mineira e nacional.
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