Política

Direção da Cemig “perdeu a vergonha na cara”, acusa deputado

Na primeira sessão deste ano, na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Professor Cleiton (PSB) cravou da tribuna do plenário: “a direção da Cemig perdeu a vergonha na cara”. A forte manifestação do parlamentar foi feita durante exposição de vários atos e contratos, que, segundo ele, por não ter havido licitação, seriam irregulares.  

Professor Cleiton se disse revoltado contra o que chamou de “tentativas de precarização da Cemig”, devido à venda da participação da Light dentro da Renova (ligada à Cemig) por apenas R$ 1. Ele apresentou requerimentos pedindo esclarecimentos sobre a venda.

“Por que a parceria entre Cemig e Andrade Gutierrez? Por que parceria com a Light? Por que a participação da Light na Renova e a venda a R$ 1? A Cemig investiu R$ 360 milhões nessa participação e, seis meses antes, havia oferta de compra no valor de R$ 600 milhões, por uma empresa norte-americana. Eu penso que é uma tentativa de desmoralizar, sucatear a Cemig perante o mercado financeiro, para forçar uma privatização na nossa goela abaixo”, completou

“Maior prejuízo corporativo”

Para o deputado, esse pode ser o maior prejuízo corporativo da história recente no Brasil. Porque estamos falando de um ativo que foi comercializado em tempos de pandemia. Isso não dava prejuízo, porque energia não dá prejuízo. Só se for por uma má gestão”, questionou ele.

O deputado ainda questionou vários contratos feitos pela empresa sem licitação para recrutamento e seleção de membros de sua nova diretoria. Para isso, foram gastos R$ 1,3 milhão.

Contratos sob suspeição

Em outro indício de irregularidades, um dos contratados, o Lefosse Advogados Escritório de Advocacia tinha como sócio, até o início do ano passado, o diretor jurídico Eduardo Soares. Em outro contrato, a presidência da estatal contratou os serviços de um coach pelo valor de R$ 156 mil em 24 meses.

O serviço de coaching foi contratado exclusivamente para o presidente. “O presidente da Cemig precisa de um coach”, contestou ele, referindo à contratação do psicólogo Wladimir Ganzelevitch. O profissional cobrará, para cada sessão, R$1.500,00, de 50 (cinquenta) minutos. Ao todo, foram contratadas 104 sessões de coaching, a serem realizadas durante 24 meses.

Até a publicação desta notícia, a direção da Cemig não quis se manifestar.

LEIA MAIS: Cemig contraria Zema e vira cabide de empregos de luxo por R$ 23 mi

Orion Teixeira

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