Política

Direita busca sobrevida eleitoral em cima da insegurança

Após a desastrosa operação do governador Cláudio Castro (RJ), com mais de 100 mortos, governadores do campo da direita se apressaram em aprovar as ações de combate ao crime organizado. Assim o fazem com o objetivo explícito de desgastar o governo federal, acusado de omissão, e para surfar nas pesquisas que apontam a segurança pública como tema central das eleições 2026.

Claudio Castro se reelegeu no Rio à base de operações policiais nas favelas e, agora, quando se viu sem futuro político, recorreu à mesma estratégia. Depois do espetáculo macabro, tudo continuará como dantes, menos o apetite político e eleitoral desses personagens. Menos o tráfico ou o crime organizado, até porque nenhum chefão foi preso ou morto.

O governo federal e os estaduais não reconhecem o estado paralelo comandado pelo PCC e o Comando Vermelho. Estão infiltrados na maioria das instituições e em todo o país. Podem até admitir a existência, mas nenhum deles tem uma política pública para enfrentar o problema, de combate ao crime organizado crescente.

Agem como se não fossem com eles, quando deveriam atuar juntos, e tocam a vida na busca de eleições e reeleições. A direita encontrou sobrevida política, com essa demanda, para tentar virar o jogo, ou tirar dele Lula, que vinha se fortalecendo diante do racha entre os adversários. A esquerda tenta minimizar os desgastes desde a desastrosa declaração de Lula sobre o tráfico e da acusação de proteger bandidos.

Baixo clero atrasa Propag

A iniciativa de alguns governistas de incluir mais uma estatal na privatização, a Gasmig (companhia de gás estadual), travou e vai atrasar, em uma semana, as votações do Propag e da venda da Copasa. Empolgados pela vitória alcançada na PEC que derruba o referendo da estatal de abastecimento, em 1º turno, na calada da madrugada de sexta (24), esses deputados do baixo clero avaliaram que o governo tinha força para abrir a porteira da privatização.

Trombaram com o presidente da Assembleia, Tadeu Leite (MDB), que levou o governo ao recuo. Por conta dessa vacilada, que quebrou o acordo inicial, as votações dessa PEC (2º turno) e de outros projetos ficarão para semana que vem.

Três imóveis travam Propag

Os prédios da Emater/MG, do Colégio Estadual Central e do Hospital de Divinópolis travaram o avanço da tramitação do projeto de Zema que federaliza ou privatiza imóveis estaduais. Eles integram a lista de 259 imóveis que, junto com outros ativos, podem ser entregues ao governo federal para abater a dívida de Minas de R$ 170 bilhões.

A pressão para tirar o da Emater (pretendido pelo TRF-6) vem de prefeitos e deputados que têm histórico com o órgão, além de servidores e da própria direção da empresa. Estudantes do Estadual fazem protestos. Já o hospital havia sido doado à Universidade Federal de São João del-Rei, mas Zema quer refazer a operação, usando-a como moeda de troca na dívida.

Memória do jornalismo mineiro

A Casa de Jornalista de Minas lança hoje, às 19h, o Centro de Memória do Jornalismo Mineiro. Trata-se do resgate da memória e da história do jornalismo mineiro, por meio de depoimentos de jornalistas veteranos e suas passagens por diversos veículos do estado. Já foram gravados 10 depoimentos para a série chamada Casa de Memórias. A iniciativa tem o apoio da Faculdade de Comunicação e Artes, da PUC Minas, e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais.

Orion Teixeira

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