Senador Rodrigo Pacheco (esq.) é o novo presidente do Senado; Deputado Arthur Lira vai presidir a Câmara. Fotos - Agência Senado e Agência Câmara
Deu-se o esperado. O senador mineiro Rodrigo Pacheco (DEM), com apoios que incluiu o PT de Lula, mas também o presidente Jair Bolsonaro, venceu a disputa e é o novo presidente do Senado. O deputado Arthur Lira (PP-AL), com a ajuda de um caminhão de dinheiro do Palácio do Planalto, é o novo presidente da Câmara.
O jogo foi bruto. Segundo o ex-presidente Rodrigo Maia, que patrocinou a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP), o governo federal prometeu ao menos R$ 20 bilhões em emendas extras a deputados para apoiar o alagoano. Trata-se de indicações informais de verbas para obras nas bases dos parlamentares, além das emendas a que têm direito.
Surtiu efeito. Lira, líder do Centrão, o bloco mais fisiológico da Câmara, teve 302 votos, um dos placares mais folgados das últimas disputas na Casa. Maia, por exemplo, que foi presidente por três vezes e era quase que uma unanimidade, teve 334 votos na eleição de 2019. Rossi teve apenas 145 votos, uma fragorosa derrota para Maia.
Mas os R$ 20 bilhões representam apenas a primeira fatura. Como é de praxe, as lideranças do Centrão vão exigir outras benesses, o que vale dizer ministérios, cargos, mais e mais verbas para seus redutos eleitorais e para outros usos.
As pressões e exigências tendem a aumentar em razão da popularidade do presidente Bolsonaro. Se sua aprovação ficar inferior a 30%, número médio que ele ostenta hoje, as chantagens tendem a crescer e o preço do apoio pode sair mais caro. Foi sempre assim; e não será diferente com o capitão.
Chances de impeachment com Lira no comando da Câmara são próximas de zero. Mas a política, já dizia o velho Magalhães Pinto, é como nuvem. Se o cenário mudar, particularmente por conta da economia, que não dá sinais muito robustos de recuperação, e do agravamento da pandemia do coronavírus, que já matou mais de 220 milhões de pessoas e vai, infelizmente, matar mais, o Centrão não terá nenhuma dificuldade em abandonar o barco bolsonarista. A ver nos próximos meses.
Bolsonaro também comemora a vitória de Pacheco, o seu candidato à presidência do Senado. Mas sua eleição não é responsabilidade apenas do Planalto, como é o caso da Câmara. É também do PT, do PSD, dos demais partidos que o apoiaram e, especialmente, do ex-presidente da Casa, David Alcolumbre, que apostou e trabalhou muito para garantir sua vitória.
Quem também está celebrando a conquista de Pacheco é o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. O seu partido, o PSD, fechou com a candidatura do mineiro. Com sua eleição, Rodrigo Pacheco não só fica fora da disputa pelo governo do Estado em 2022, como deve carrear o DEM para a candidatura de Kalil.
E se é bom para Kalil, é ruim para o governador Romeu Zema (Novo), candidato à reeleição.
Dissidência na bancada do MDB praticamente assegura vitória de Pacheco
Presidência do Senado pode resgatar prestígio político de MG no cenário nacional
Este 29 de agosto marca os 200 anos da assinatura do Tratado do Rio de…
Após as declarações desconectadas da realidade e até do bom senso, o governador Zema (Novo)…
A holding Energisa S.A., dos segmentos de distribuição e geração, captará R$ 3,910 bilhões para recompra (aquisição…
Em encontro inédito, nessa quarta (27), em BH, o superintendente regional do Trabalho, Carlos Calazans,…
O ex-presidente do Tribunal de Justiça de Minas, desembargador Nelson Missias de Morais, criticou em…
Perto daquelas horas de decisão, o presidente Lula (PT) volta a Minas, nesta sexta (29/8),…
Ver Comentários
Parece que , o sr jornalista., não sabe o que escreve, ou estava vivendo na Finlândia.
Rodrigo Pacheco sempre foi um zero a esquerda...
o que custou caro ao país, foi o nhnho se manter como presidente da Camara, o lugar correto para aquele senhor era a cadeia, junto com o pai.
Nitidamente Maia, catimbou o governo, as vezes parecia até mesmo uma estrela global, toda hora nos noticiarios.
Na cadeia vamos por a família da rá chá dinha do capitão cloroquina. IMPEACHMENT URGENTE do, falso mito acéfalo, miliciano, bozo Nero. Webber franga vou mandar meu coturno para vc engraxar, taokei.
O texto é tão radical, ideológico e surreal, que fala em 220 milhoes de mortos por Coronavirus. Onde, em Marte?