Política

Kassab no divã do fisiologismo de Lula

O presidente Nacional do PSD, Gilberto Kassab, o grande vitorioso das eleições municipais de 2022, foi chamado para o beija-mão do Planalto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) pretende recebê-lo amanhã (23/01).

Nas eleições de outubro passado, o partido de Kassab saiu das urnas com uma carteira de causar inveja geral: 891 das 5.569 prefeituras. Apoiou a reeleição de Ricardo Nunes (MDB), para a Prefeitura de São Paulo. Derrotou, portanto, o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), o candidato do Lula.

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Kassab, novo senhor dos anéis; 2026 mais distante para Lula

Sem perda de tempo, na primeira quinzena de novembro, Kassab, sob hostes do PSD-SP, reuniu, em São Paulo, ao redor de 1.500 lideranças. Entre estas, prefeitos e vereadores eleitos. Levou também, parlamentares federais e o governador do Paraná, Ratinho Junior.

No portfólio do processo eleitoral, o PSD adicionou cinco capitais: Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Curitiba (PR) e São Luiz (MA).

Brasília é também um quintal de Kassab

Kassab ocupou espaços no 1º escalão do Planalto. No Governo Dilma Rousseff (PT), foi ministro da Cidade, com impeachment da chefe, em 2016, e ascensão de Michel Temer (P/MDB), assumiu a Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

Em São Paulo, Kassab foi vice-prefeito (2005-2006) e prefeito de São Paulo (2006-2012). Quando Governo João Dória (PSDB) assumiu o governo paulista, chefiou a Casa Civil (2019-2020). Agora, no Governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), é titular da Secretaria de Relações Institucionais. Ou seja, está bem senhor da política paulista.

Tarcísio foi ministro da Infraestrutura do Governo Jair Bolsonaro (PL-RJ).

O político paulista, portanto, mesmo servindo governador bolsonarista, interessa ao fisiologismo de Lula. Com a anunciada reforma ministerial, o petista quer escancarar as portas para os votos de Kassab.

Até então, o PSD está alojado nos Ministérios de Minas e Energia e da Pesca. Lula, entretanto, em sua corrida louca pela reeleição, em 2026, quer adoçar bem mais a boca do secretário de Tarcísio.

Nairo Alméri

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