Foto da capa do livro sobre a trajetória de Hélio Garcia, foto Divulgação AML
Será lançado, nesta segunda (1), o livro “Hélio Garcia, a Arte Mineira de Fazer Política”. Hélio Garcia foi governador de Minas por duas vezes (84/86 e 91/94). Ele era do time daqueles políticos que preferem os bastidores, as negociações e articulações do que o confronto direto e discursos inflamados. O livro é de autoria do jornalista Itamar de Oliveira.
Controverso, Garcia ou dr. Hélio começou a carreira política pelas mãos do então governador mineiro Magalhães Pinto (UDN), de 1961 a 1966, que o levou a apoiar o Golpe Militar de 64 e a encerrou apoiando Tancredo Neves (MDB) na transição democrática que deu fim à ditadura em 1985. Garcia foi o artífice da aliança dos contrários, unindo adversários da antiga UDN e do PSD, abrigados no PFL do ex-governador Aureliano Chaves e no MDB de Ulysses Guimarães. A partir daí, ficou garantida a redemocratização do país.
O evento de lançamento acontece na sede da Academia Mineira de Letras, a partir das 19h30, em evento com entrada franca e aberto ao público. Na ocasião, o autor falará um pouco sobre a obra e seu processo de escrita.
Depois de mais de cinco anos de pesquisa e coleta de depoimentos, Itamar fez um livro-reportagem dividido em três partes. Na primeira, “Nos tempos de Hélio Garcia”, está registrada a trajetória política do ex-governador, desde o nascimento em Santo Antônio do Amparo (Sul) até o final da caminhada política iniciada nos anos sessenta, sob a proteção do ex-governador Magalhaes Pinto e terminada em 1998, quando desistiu de continuar na vida pública.
Na segunda parte, estão registados depoimentos de amigos, adversários e companheiros de Hélio Garcia na política mineira. São eles, Romeu Queiroz, Walfrido dos Mares Guia, Alysson Paulinelli, Paulino Cícero, Ronan Tito, Pimenta da Veiga, Aécio Neves e Patrus Ananias.
A terceira parte é de depoimentos de ex-presidentes da República que avaliaram a importância do papel político de Hélio Garcia na transição democrática brasileira. Deram manifestações os ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso, além dos ex-ministros Delfim Netto e Francisco Dornelles e dos ex-governadores Pedro Simon, Luiz Antônio Fleury Filho e Ciro Gomes.
O autor também entrevistou pessoas que trabalharam com o ex-governador na MinasCaixa (banco estadual já extinto) e na fazenda Santa Clara, de propriedade da família. Colheu também a colaboração de gente simples de várias regiões de Minas para registrar como aconteciam as campanhas políticas no interior.
Na ‘orelha’ do livro, o presidente da Academia Mineira de Letras, jornalista e escritor Rogério Faria Tavares, assinala: “estamos diante de um documento de importância histórica e de uma fonte indispensável para os estudiosos da política mineira”. Lembra que Hélio Garcia foi peça fundamental no jogo que resultou da eleição da chapa Tancredo Neves-José Sarney pelo Colégio Eleitoral, em 1985, o que abriu o caminho para a convocação da Assembleia Nacional Constituinte e as eleições diretas para a Presidência da República”.
No final do trabalho, Itamar de Oliveira faz questão de assinalar que o personagem não cabe em um único livro. Reconhece que contou com o apoio e a solidariedade de amigos e colaboradores da Universidade, da imprensa e de integrantes de todos os partidos políticos. E registra que, por meio do livro, acabou desenvolvendo uma bela história de afeto para com o personagem. “Hélio Garcia foi um ser humano terno, fraterno e amigo. Gostei imensamente da viagem viajada”.
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