Pré-candidato e pré-candidatas da esquerda em BH buscam união ainda no primeiro turno, foto Mariana Bastani/Divulgação
A visita do presidente Lula a BH, na semana passada, reconfigurou a estratégia de seu campo político aliado para as eleições de Belo Horizonte. Os aliados incluem desde o centro político do atual prefeito e pré-candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD), até os pré-candidatos da esquerda. Entre eles, o petista Rogério Correia (PT), Bella Gonçalves (PSOL) e Duda Salabert (PDT).
Em vez de união já ante a ameaça direitista, concluiu-se que não há meios de uma aliança, agora, fora do campo esquerdista. Por isso, os pré-candidatos de esquerda entenderam o recado e realizaram o primeiro movimento. Quem irá ceder? Rogério ou Duda?
Diante desse novo cenário, Lula tirou um peso das costas e pode admitir, em entrevista, que o “meu candidato” é o petista Rogério, mas não foi além disso. Ato contínuo, no mesmo dia, Fuad foi a grande ausência no evento de Lula no Minascentro, onde anunciou investimentos para Minas. Uns disseram que ele justificou a falta com exames já agendados; outros, que o evento era mais “deles”.
A conclusão da turma dele é outra: a aliança com o PT faria perder votos no centro político e na Zona Sul da capital. Por isso, Fuad não desejaria a vinculação direta com Lula e o PT e não fará força para ter, no primeiro turno, o apoio deles, que já estaria garantido caso vá para o segundo turno.
Até lá, Rogério Correia e Duda Salabert vão medir forças para ver quem teria maior chance de liderar a frente de esquerda, de acordo com o conjunto de pesquisas. Em resumo, a visita de Lula deu um gás para a campanha do petista e estimulou a união das esquerdas, além de reafirmar o apoio à reeleição de Marília Campos (Contagem) e Margarida Salomão (Juiz de Fora).
Se a esquerda tenta se unir e fechar as portas para um vice que agregue votos, a direita terá uma disputa interna para saber quem será seu representante no 1º e no 2º turno. O deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) fará um duelo com seu colega, o deputado Bruno Engler (PL). Sem espaço no centro-esquerda, o primeiro será empurrado para o campo bolsonarista.
Deixando a política eleitoral de lado, a campanha de Fuad já tomou uma decisão. Fazer o prefeito ficar mais conhecido especialmente entre os indecisos, que seriam maioria, e entre aqueles que o avaliam como ‘regular’ na gestão municipal. De acordo com o GPS, irão começar pela Região Oeste da capital, no Barreiro.
A campanha de Fuad Noman já não conta mais com a possível adesão do ex-prefeito de BH, Alexandre Kalil, do mesmo partido. Para boa parte, ele irá anunciar apoio discreto ao concorrente Mauro Tramonte (Republicanos), que lidera as pesquisas, como, por exemplo, a do instituto Quaest sob o registro 125/2024, no TSE. Avaliam que ele não tem nenhum problema com Tramonte, além do que ele está na frente das pesquisas. Há quem diga que ele também corre o risco de encerrar a carreira aí por falta de coerência política.
O vereador Álvaro Damião (União) fez chegar ao comando da campanha de Fuad que ele descarta completamente o convite para ser candidato a vice-prefeito dele. Damião quer mesmo é ser um dos mais votados à reeleição e se candidatar a presidente da Câmara de BH. Ainda assim, seu partido mantém a chance da indicação para o cargo.
Num gesto de civilidade, Lula calou as vaias contra o vice-governador Mateus Simões (Novo) no evento que comandou no MinasCentro, na sexta (28), em BH, com obras para Minas. “Respeitem nossos convidados”, disse Lula para a militância aguerrida, formada por movimentos sociais. Simões falou e ainda foi aplaudido.
A campanha eleitoral começa a sair daquela fase da fantasia de pré-candidato. Agora, começa o estresse. Tem gente que gostaria de sair fora; outros querem continuar. O desafio maior será fazer, a partir de 18 de agosto, programas diários na TV. De segunda a sábado, os candidatos terão que ter o que falar e mostrar. Serão apenas 45 dias na TV e no rádio, que terão influência maior do que as redes sociais na escolha do voto.
Embora Lula tenha turbinado o nome do senador por Minas, Rodrigo Pacheco, para 2026, quem ficou animado foi o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia). Bem avaliado na corte federal, Silveira sonha em se reerguer como candidato a governador daqui a 2 anos e meio. Por quê? Ele está convencido que o preferido Pacheco não é pré-candidato a governador.
Tem muita gente se arvorando de ser o pai da criança. A exclusão do Aeroporto Carlos Prates do cadastro de aeródromos públicos foi assinada pelo superintendente Giovano Palma em dezembro de 2022. Portanto, no governo Bolsonaro, com a portaria 10.074/2022 da Agência Nacional de Aviação Civil. A exclusão se deu a partir de abril de 2023.
(*) Publicado no Jornal Estado de Minas
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