Um dia após o representante das Forças Armadas no governo, o ministro da Defesa, general Paulo Nogueira, apresentar relatório sobre as urnas eletrônicas, pegou fogo no parquinho. O general isentou, no relatório, o processo eleitoral de fraudes ou falhas graves, enterrando o discurso golpista de Bolsonaro. O atual presidente pressionou os generais para que deixassem uma brecha para sustentar seu discurso junto a seus seguidores.
Bolsonaro queria um texto mais contundente no relatório, mas conseguiu só que o Ministério da Defesa divulgasse nota com um malabarismo retórico para alimentar bolsonaristas de ruas.
Numa posição humilhante para os militares, que, repita-se são bons naquilo que foram treinadas, que é defender o país de ameaças externas. Ao contrário do relatório, disseram na nota que a ausência de fraude não implica a inexistência. É lamentável que se prestaram a isso.
Em Nova York, onde participa de seminário, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, minimizou a afirmação de que não seria possível descartar a possibilidade de haver problemas. “Pode haver vida extraterrestre? Pode”, brincou, reafirmando que o sistema é seguro e lembrando que o Tribunal de Contas da União auditou 4.100 urnas e os militares, 360. Veja vídeo abaixo
Tudo somado, é como dizer: ‘cuidado cidadão, ao atravessar a rua, você pode ser atropelado’. Todo os sistemas sofrem alguma tentativa de ataques e invasões, como o das urnas eletrônicas, das contas bancárias, do INSS, entre outros. Tentam, mas no caso das urnas, falharam aqueles que as atacaram eletrônica e ideologicamente.
Com a chegada de um governo democrático em Brasília, os militares não serão mais usados e humilhados e deverão ocupar o lugar de honra deles. Ou seja, cumprir a Constituição e fazer a defesa do país contra eventual inimigo externo, porque inimigo interno faz parte da teoria da conspiração que alimenta só o bolsonarismo.
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