Política

Ministro do Turismo de malas prontas para o novo partido do presidente Bolsonaro

Prestigiado pelo presidente da República, apesar de denunciado pelo Ministério Público de Minas por suspeita de envolvimento no laranjal do PSL, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, deverá migrar para a nova legenda que será criada pelo presidente, a Aliança pelo Brasil. O ministro tem dito a correligionários que “tem um compromisso com o presidente”.

Deputado federal mais votado de Minas, com cerca de 230 mil votos, Marcelo Álvaro Antônio só deixará o PSL, entretanto, após a constituição da nova legenda, que deve demorar cerca de quatro meses para sair do papel. Se deixar a legenda antes, corre o risco de perder o mandato.

Um dilema ainda não resolvido pelo grupo político do ministro se refere ao fundo partidário e ao fundo eleitoral. A legenda deve receber para as eleições municipais do próximo ano uma fortuna superior a R$ 600 milhões. Parte considerável desse montante seria destinado a Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país, para financiar candidaturas estratégicas para a legenda no Estado.

E o recurso seria controlado por Álvaro Antônio, presidente licenciado do PSL no Estado. Caso decida permanecer no partido que o elegeu, há dúvidas se a direção nacional, sob o comando do deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE), hoje adversário de Bolsonaro, será benevolente no repasse de verbas dos fundos para o Estado. Mais um motivo, portanto, para aderir ao Aliança pelo Brasil.

Embora sua criação tenha sido anunciada ontem (12/11) pelo presidente Bolsonaro, a nova legenda já tem até logomarca

Denúncia do MP

Marcelo Álvaro Antônio foi denunciado pelo Ministério Público de Minas por suspeita de comandar um esquema de desvio de recursos públicos por meio de candidaturas femininas de fachada (laranjas) na eleição do ano passado.

O ministro nega as acusações, alega que teve sua vida devassada pela Polícia Federal e diz ter a consciência tranquila. E seu prestígio com o presidente parece só aumentar. Recentemente, sua pasta, por decreto de Bolsonaro, passou a comandar a Secretaria Especial de Cultura, o que restou do Ministério da Cultura, antes abrigada no Ministério da Cidadania.

Ricardo Campos

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