Política

“Não vamos ter dinheiro para pagar nada”, diz Zema, o que inclui salário de servidor

Além dos elogios ao presidente Jair Bolsonaro, o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), na entrevista que a Folha de S. Paulo publicou na sua edição de ontem (26-04), abriu o jogo: “não vamos ter dinheiro para pagar nada”, disse o governador em referência ao mês de maio, após revelar também que a receita com impostos pode cair 40% no próximo mês. Significa que o salário dos servidores estaduais, hoje pago a conta-gotas, vai atrasar ainda mais, com o risco de sequer ser feito nos próximos meses.

A queda de 40% na receita prevista pelo governador se dará caso se confirme uma retração de 4% na economia do país. Nesse caso, informa o Zema, o Estado perderia R$ 7,5 bilhões na sua arrecadação. Mas há previsões mais pessimistas. O Banco Mundial, por exemplo, prevê um baque de 5% no PIB brasileiro este ano e há economistas que falam em até 7%.

Na entrevista à Folha, o governador também admite, como já havia antecipado o Além do Fato, que a esperança do governo mineiro em conseguir um alívio temporário para suas finanças (o que funcionaria como uma espécie de respirador para um paciente que está próximo do quadro terminal) está na venda dos créditos do nióbio para um banco oficial: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil ou BNDES.

“Como o mercado ficou paralisado com a pandemia, fui a Brasília para ver se Banco do Brasil, Caixa ou BNDES fazem essa operação, que é bastante rentável. Está em análise ainda”, disse o governador ao jornal paulista, ressaltando o fato de Minas ter a maior jazida desse minério do mundo, que paga ao estado dividendos anuais da ordem de R$ 1,5 bilhão.

A equipe econômica liderada pelo ministro Paulo Guedes é contra a operação, mas, em última instância, essa é uma decisão política, que caberá ao presidente Jair Bolsonaro, de quem Zema se tornou um defensor. “Vejo o presidente como uma pessoa que quer fazer o bem para o Brasil”, disse o governador para a Folha. Oxalá essa bajulação resulte numa ajuda financeira consistente para que Minas Gerais não chegue ao estado terminal.

Ricardo Campos

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  • O estado de MG que, sempre teve seu protagonismo no cenário nacional, hoje é tão importante quanto o estado de Amapá. Temos um caipira lambe bo$t@ a frente do estado que, trocou os pés pelas mãos ao inventar aumento/reposição salarial aos PM's e depois teve que enfiar o rabo entre as pernas e voltar atrás. Pra não ficar, ainda, pior com os militares fica puxando o saco do governo federal, além disso, tenta agradá-lo com medidas esdruxulas para a reabertura das atividades econômicas do estado. BoZema, volta pra Araxá de onde nunca deveria ter saído. E parabéns ao NOVO: nem bem surgiu e logo vai desaparecer.

    • O Zema é um dos governadores mais "pé no chão" do país, que não faz parte do conluio de esquerda. E tudo anda mal por conta de pesos mortos do VELHO, que vivem aos queixumes, que só sabem criticar e em nada contribuem para melhorar o atual cenário. Quem reclama e aponta um problema sem mostrar alguma alternativa, faz parte do problema ou é o problema em pessoa.

      • SE ELE TAO BOM MANDA ELE PAGAR OS SERVIDORES ...SE S FOSSE TAO BOM ADMINISTRADOR PE NO CHAO VENDO QUE MINAS ESTA A BEIRA DA DESASTRE NAO TERIA DADO 40% DE AUMENTO AOS POLICIAIS

      • O puxa saco de miliciano, se o problema fosse conluio de esquerda, até que seria mais fácil de resolver. Agora, conluio de miliciano infiltrado no estado aí fica complicado, né? E esse papinho mala de conluio de esquerda já não cola mais colega. Até o Moro virou comunista nas mentes Bolsoloucas.
        "E tudo anda mal por conta de pesos mortos do VELHO, que vivem aos queixumes, que só sabem criticar e em nada contribuem para melhorar o atual cenário". Ainda bem que reconhece que somos governados por pesos mortos do VELHO que vivem aos queixumes e que nada contribuem para melhorar o atual cenário....Tá melhorando Bolsolouca. Se esforça mais um ponto....

      • Ah, um governador que manda um projeto de reajuste salarial de 42% pra PM em plena crise fiscal que o estado está mergulhado é "pé no chão"? Acho que você quis dizer pata no chão, até porque, nosso governador é um Pato Manco.

  • enquanto isso o judiciário e o legislativo, com todos os seus penduricalhos, recebem tudo integralmente. O Zema não tem nada com isso, pois não foi ele quem criou esse pacto financeiro entre os poderes do Estado, no qual cada Poder elabora seu orçamento próprio. Isso tem que acabar... orçamento único já.

  • Quero ver se isso inclui o legislativo e o judiciário tbm. Ou será que pra esses a banda continua tocando no mesmo ritmo?

  • Dividendos anuais da ordem de R$ 1,5 bilhão??? E querem vender essa galinha dos ovos de ouro?
    Lamentável...

  • Dos servidores do Executivo, né!? Os outros são uma ilha de excelência e não têm crise. Tá na hora de rever isso aí e colocar numa conta só!

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