Política

Novo lança Zema e cria fundo para campanha presidencial

Era 60 reais. Agora, no terceiro lote, subiu para R$ 70, valor mínimo, o ingresso para assistir, no próximo dia 16, ao lançamento antecipado da pré-candidatura presidencial de Zema. Quem quiser doar mais pode fazê-lo, mas não deve ultrapassar 10% da renda bruta auferida no ano anterior. As orientações estão no site do Novo.

Pela primeira vez, um partido brasileiro vai cobrar ingresso para lançar seu candidato. O evento poderá acontecer em vários estados, porque a intenção do partido de Zema é criar um fundo para a campanha dele, já que a legenda não tem recurso público compatível. A 13 meses das eleições do ano que vem, o lançamento será feito na Amcham Brasil, a maior Câmara Americana de Comércio fora dos Estados Unidos, em São Paulo.

Campo congestionado

Em seu discurso, quando incorpora a direita, Zema abandona o centro e se torna mais um bolsonarista sem identidade em um campo já congestionado. O mineiro ganharia mais se contasse o que fez pelo estado. Ao contrário, só fica dizendo como o recebeu. Se elegeu duas vezes assim. Será que seu vice, Mateus Simões (Novo), vai seguir a mesma receita? Tudo somado, Zema mantém um discurso para se qualificar como vice.

Nesse campo político, a direita vai rachar sem a unidade bolsonarista. Aqueles que estão reféns do bolsonarismo, ficarão esperando um sinal dele. Os nomes mais fortes desse campo continuarão sendo dos governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União-GO) e Ratinho Jr.(PSD-PR). Todos eles têm entregas superiores às do governador mineiro Romeu Zema (Novo).

Preso, Bolsonaro ficaria sem influência

A previsão é de que haverá um desfecho para a prisão de Jair Bolsonaro (PL) até outubro deste ano. A justiça não deveria fazer concessões nem abrir precedentes, mas as negociações sugerem uma prisão menos rigorosa. Em vez de regime fechado, pode ser adotada a domiciliar sem direito a manifestações políticas. Esse é o cenário previsto por especialistas diante do contexto político e judicial.

Uma vez preso, ainda que em regime menos rigoroso, o ex-presidente perderia influência, porque ficaria impedido de se manifestar publicamente, mesmo no espaço virtual. Em consequência, alguns aliados sumirão em busca da sobrevivência política, outros irão atrás de novos negócios rendosos na política (aumento de deputados, contrato milionário de lixo e outros).

Orion Teixeira

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