Ao Pacheco, de momento, resta se recolher para o quintal da política de Minas. Mas sem discurso próprio. Será um simples mandalete, mensageiro puro sangue dos recados do PT - Crédito: Andressa Anholete/Agência Senado
O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) sabe que, no atual cenário, dobra o zero sua chance de puxar uma capa preta no Supremo Tribunal Federal (STF).
O advogado-geral da República (AGR), Jorge Rodrigo Araújo Messias, o “Bessias“, surfa imbatível.
Esse é o clima em apostas da cozinha do Planalto ao Café Nice, em frente ao Pirulito da Praça Sete, em Belo Horizonte. Pacheco perde no sonho com a cadeira vazia do ministro Luís Roberto Barroso, que antecipou a aposentadoria (seria em 2033).
Resta ao político mineiro, então, abrir a gaveta e puxar um plano B e alimentar outras pretensões.
Nesse esforço, ajudam os jornalistas aliados que ainda o mantém como “ativo” no olhar para a Suprema Corte. Dirão que o mineiro não jogou a toalha.
O senador, mesmo quieto (em moita) e obediente a Lula, fará exercícios da cartilha dos lobbies. “Bessias”, por sua vez, revisará momentos da fidelidade canina ao chefe.
Manter a visibilidade na mídia, pelo sim, pelo não, ajudaria Pacheco. Poderia, por exemplo, se ver ressuscitado nas apostas ao Governo de Minas.
Neste caso, em 2026, Pacheco cairia com paraquedas do Planalto, portanto, vestido de candidato de Lula. Todavia, o seu discurso seria o do Lula. Teria de comer a marmita servida pelo restaurante popular do Planalto.
Aparecer em clipagem robusta da Assessoria do Planalto poderia empurrar Pacheco para fila das indicações ao Tribunal de Contas da União (TCU).
O Tribunal administrativo federal é outra bocarra pública vitalícia. Isso justifica, pois, as disputadas são com unhas e dentes pelos políticos.
Pacheco, enfim, deverá voar muito abaixo das nuvens do STF, no modo distraindo inglês desocupado.
Mas, nesta reta, não é só Pacheco o defenestrado por Lula nos sonhos de ir para foto oficial do STF.
A vontade das feministas, militantes ou não do PT, de ver mais uma mulher na Corte, não seria desta vez. Na cabeça do presidente, no momento, ficaria para pensar depois. E isso mesmo com sinalizações do risco de alimentar discursos opostos nas urnas.
Lula assumiria, então, o risco com um débito de liquidação incerta. A próxima aposentadoria, a do ministro Luiz Fux, só ocorrerá 2028. E, caso nenhum um outro decida antecipar a saída, somente as urnas, em 2026, dirão se Lula fará outras nomeação ao STF.
Por ora, então, a ala feminina na Corte continuaria apenas com a presença da ministra Cármen Lúcia.
Fato é que as petistas, até as feministas xiitas da tropa de choque, não protestaram para valer. Na verdade, baixaram a bola do peito em exemplar obediência aos homens do Partido.
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