As duas últimas eleições premiaram a autointitulada “nova” contra a “velha politica”, mas, na atual sucessão municipal deste ano, a regra que está valendo é outra: prefeito bem avaliado deverá ser reeleito. A avaliação é do diretor do instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, ao explicar o sucesso eleitoral de prefeitos candidatos à reeleição, como o de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). O especialista participou, nesse sábado (24), do programa Entrevista Coletiva da TV Band Minas.
O prefeito de BH tem a maior aprovação entre outros das capitais do país nas pesquisas feitas por vários institutos e, por isso, está com a maior intenção de votos nesta campanha eleitoral.
De acordo com Hidalgo, a candidatura de Kalil e sua gestão vêm crescendo a cada pesquisa e que, se as eleições fossem hoje, ele estaria reeleito em primeiro turno. Na última sondagem, feita entre os dias 20 e 23 de outubro, Kalil obteve 59,5% das intenções de voto na estimulada. Na avaliação da gestão, a mesma pesquisa aponta que a dele tem 61,1% de aprovação (ótimo, 17,1%, e boa, 44,0%). A pesquisa está registrada no TSE sob nº MG 05471/2020.
Em março deste ano, início da pandemia da Covid-19, a administração alcançou 58,1%; depois, 58,4% em julho. Os índices de gestão são semelhantes aos da candidatura do prefeito. Pelo Datafolha (20 e 21 de outubro), a administração do prefeito chegou a 70% na soma de ótimo e bom. Na mesma pesquisa, sua candidatura cresceu de 56% para 60% das intenções de voto. O Datafolha ouviu 868 eleitores de BH. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MG-02866/2020.
A situação favorece outros prefeitos bem avaliados, como o paulistano Bruno Covas (PSDB) e ex-prefeitos que tiveram aprovação, como Marília Campos (PT), em Contagem, Eduardo Paes (DEM), no Rio de Janeiro, entre outros. Na outra ponta, a tese também se confirma. O atual prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), está em 2º lugar, com 12%, e sua rejeição é de 62%, segundo Datafolha de 9 de outubro.
Nesse sentido, a pandemia favoreceu os atuais prefeitos em dois quesitos. No primeiro, para aquele que exibiu esforços no combate ao avanço da doença. No segundo, por meio da desmobilização do eleitorado e nas limitações de uma campanha eleitoral que impede reuniões, aglomerações e circulação dos candidatos, além da falta de debates. Em outras palavras, não há campanha na rua ainda.
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