Política

Presidente da Assembleia prevê derrota eleitoral da ‘nova política’

Ao votar neste domingo (15), o presidente da Assembleia Legislativa, Agostinho Patrus (PV), antecipou mudança de tendências políticas a partir desta eleição. De acordo com ele, a sucessão municipal e seus eventuais resultados mostrarão que não há mais preferência por candidatos ‘outsiders’ (apolítico) e os que se autoavaliam de ‘nova política’. Em vez disso, o eleitor está buscando nomes com experiência política e administrativa.

“As pessoas estão buscando gestores com experiência política e administrativa. Isso, sem dúvida, redefine o mapa eleitoral. Se nas eleições de dois anos atrás, os partidos buscavam candidatos com perfil menos político, a partir de agora, buscam candidatos com experiência na gestão”, afirmou Agostinho ao site ALÉM DO FATO.

Gestão bem avaliada será reeleita

Tanto é assim que, onde o atual prefeito está bem avaliado, ele tende a ser reeleito, a dar continuidade à sua gestão. A candidatura do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), tem praticamente a mesma avaliação positiva de sua administração, na casa de 60% ou mais.

Os outros 14 candidatos, a grande maioria, sem experiência política e que disputam a eleição para prefeito pela 1ª vez não chegam, nenhum deles, a 10% de intenções de voto. Kalil chegou à prefeitura com o discurso apolítico, mas mudou o foco e fez alianças com partidos e políticos tradicionais para se reeleger.

Discurso apolítico não fez efeito

O discurso de renovação e apolítico não está dando resultado nessa disputa ao contrário do que foi em 2016 e 2018. De acordo com o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), a gritaria e hostilidade aos adversários não terão êxito agora. Ele previu desempenho melhor para os candidatos moderados.

Em São Paulo, o atual prefeito Bruno Covas (PSDB) também liderou a campanha em função de seu foco nos problemas locais. Quem apelou a padrinhos políticos, como o do governador Romeu Zema (Novo) e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), não teve ganho algum.

Hora do ex

No Rio de Janeiro, onde o atual prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos), tem alta rejeição, apesar do apoio de Bolsonaro. Quem lidera é o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM). Situação semelhante à de Contagem (Grande BH), onde o atual prefeito (o tucano Alex de Freitas), também reprovado, não disputa a reeleição. Por isso, o eleitor está buscando a experiência da ex-prefeita Marília Campos (PT), que comandou a cidade por oito anos e saiu com alta aprovação.

LEIA MAIS: Se Kalil se reeleger domingo, Zema terá que colocar as barbas de molho já

Orion Teixeira

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