Presidente da Assembleia prevê derrota da ‘nova política’ na eleição Presidente da Assembleia prevê derrota da ‘nova política’ na eleição

Presidente da Assembleia prevê derrota eleitoral da ‘nova política’

Agostinho Patrus vota em Belo Horizonte: "hora da experiência", foto William Dias/ALMG

Ao votar neste domingo (15), o presidente da Assembleia Legislativa, Agostinho Patrus (PV), antecipou mudança de tendências políticas a partir desta eleição. De acordo com ele, a sucessão municipal e seus eventuais resultados mostrarão que não há mais preferência por candidatos ‘outsiders’ (apolítico) e os que se autoavaliam de ‘nova política’. Em vez disso, o eleitor está buscando nomes com experiência política e administrativa.

“As pessoas estão buscando gestores com experiência política e administrativa. Isso, sem dúvida, redefine o mapa eleitoral. Se nas eleições de dois anos atrás, os partidos buscavam candidatos com perfil menos político, a partir de agora, buscam candidatos com experiência na gestão”, afirmou Agostinho ao site ALÉM DO FATO.

Gestão bem avaliada será reeleita

Tanto é assim que, onde o atual prefeito está bem avaliado, ele tende a ser reeleito, a dar continuidade à sua gestão. A candidatura do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), tem praticamente a mesma avaliação positiva de sua administração, na casa de 60% ou mais.

Os outros 14 candidatos, a grande maioria, sem experiência política e que disputam a eleição para prefeito pela 1ª vez não chegam, nenhum deles, a 10% de intenções de voto. Kalil chegou à prefeitura com o discurso apolítico, mas mudou o foco e fez alianças com partidos e políticos tradicionais para se reeleger.

Discurso apolítico não fez efeito

O discurso de renovação e apolítico não está dando resultado nessa disputa ao contrário do que foi em 2016 e 2018. De acordo com o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), a gritaria e hostilidade aos adversários não terão êxito agora. Ele previu desempenho melhor para os candidatos moderados.

Em São Paulo, o atual prefeito Bruno Covas (PSDB) também liderou a campanha em função de seu foco nos problemas locais. Quem apelou a padrinhos políticos, como o do governador Romeu Zema (Novo) e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), não teve ganho algum.

Hora do ex

No Rio de Janeiro, onde o atual prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos), tem alta rejeição, apesar do apoio de Bolsonaro. Quem lidera é o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM). Situação semelhante à de Contagem (Grande BH), onde o atual prefeito (o tucano Alex de Freitas), também reprovado, não disputa a reeleição. Por isso, o eleitor está buscando a experiência da ex-prefeita Marília Campos (PT), que comandou a cidade por oito anos e saiu com alta aprovação.

LEIA MAIS: Se Kalil se reeleger domingo, Zema terá que colocar as barbas de molho já

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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