Política

Propag: Lula mantém redução de juros e federalização de estatais

No prazo final, o presidente Lula sancionou, nesta segunda (13), o Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag) com vetos às alterações feitas pela Câmara dos Deputados. Essas mudanças beneficiariam alguns estados. Por outro lado, a essência da proposta do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), foi mantida, como a redução dos juros, alongamento da dívida e a federalização das estatais.

A informação foi dada pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Casa Civil, Rui Costa, além do líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, ao próprio Pacheco. O encontro se deu na residência oficial do Senado.

Abatimento de até R$ 65 bilhões

O uso dos ativos poderá ser feito para o abatimento da dívida. No caso de Minas, há cálculos positivos de especialistas, segundo os quais abateriam até R$ 65 bilhões. A operação envolveria a transferência do controle das estatais Cemig, Codemig (Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais) e a Copasa.

Após a fala dos representantes do governo, o presidente do Senado reconheceu o esforço do presidente Lula em dar solução à dívida dos estados. Em parceria com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas, Tadeu Leite (MDB), Pacheco é autor do projeto original.

Pacheco destacou também que, apesar dos vetos em alguns pontos, a redução dos juros é muito substancial, assim como o alongamento da dívida e a possibilidade de entrega de ativos. O texto sancionado será publicado, nesta terça (14) no Diário Oficial da União.

O programa traz alternativa mais viável ao refinanciamento da dívida do que o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), defendido pelo governador Zema e homologado pelo governo federal.

Alterações da Câmara

Das alterações feitas pela Câmara, o maior problema estaria no artigo 7º. O dispositivo cria um teto de gastos semelhante ao já instituído por Zema, com a diferença de prever expressamente que esse teto é aplicável a todos os poderes e órgãos autônomos do Estado.

Outra medida reduz o limite prudencial de gastos com pessoal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O trecho determina que, durante a vigência do programa, os estados participantes, incluindo todos os poderes e órgãos autônomos, deverão observar um limite de 90% do que lhe cabe da receita corrente líquida para gastos com pessoal, em vez dos atuais 95% previstos na LRF. Ou seja, uma regra fiscal muito mais rígida do que a atual e que ficaria em vigor durante os dez anos de duração do programa.

Orion Teixeira

Posts Relacionados

Novembro ‘master’: corrupção, prisão de generais e COP30 pífia

O Governo Lula trata a política do país em patamares típicos de país susbesenvovido, tirando…

20 horas atrás

TCEMG investiga espionagem de estatal mineira por privatização

Em um despacho do conselheiro Agostinho Patrus, vice-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE),…

1 dia atrás

Prisão de Bolsonaro racha a direita e favorece Lula

A prisão preventiva e, sequencialmente, definitiva do chefe do bolsonarismo deverá rachar a direita raiz,…

2 dias atrás

Pacheco nunca foi candidato, nem deverá ser: como fica o quadro

Após a palavra dada pelo presidente Lula de que não irá indicá-lo a ministro do…

6 dias atrás

Master fedeu para investidores e mineração; respingos em 2026

O Banco Master é um bodão, dos bem fedorentos. Se houvesse seriedade política no país…

1 semana atrás

Eleição vai abrir a caixa-preta das finanças de Minas

Por mais que a Assembleia se esforce para conhecer e dar soluções, a situação financeira…

1 semana atrás

Thank you for trying AMP!

We have no ad to show to you!