O governador Romeu Zema governa como se estivesse sob o RRF, foto Gil Leonardi/Imprensa MG
O governador Romeu Zema (Novo) gerencia o estado como se o estado estivesse sob o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que ele tanto defendeu, mas não conseguiu homologar. Caso fosse, estaria impedido de dar reajustes. Não está dando sequer a reposição inflacionária do período. Seu percentual de reposição aos 610 mil servidores, de 3,62%, está abaixo do índice oficial, de 4,62%. E mais, é a metade do que irão conceder os poderes Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público, Tribunal de Contas e Defensoria Pública.
Cada um deles deverá dar até cerca de 8%, cobrindo dois índices inflacionários acumulados, de 2022 a 2024, ou seja, duas datas-bases. A referência delas envolve, na média, o período de 1º de maio de 2022 a 30 de abril de 2023 e de 1º de maio de 2023 a 30 de abril de 2024.
De 2022 a 2023, o percentual oficial é de 4,18% e o de 2023 a 2024 será divulgado no próximo dia 10 de maio, devendo chegar a quase 4%. Para oficializar a proposta e apresentá-la à Assembleia Legislativa, que tem a prerrogativa de aprovar, todos aguardam a iniciativa do Judiciário. No próximo dia 8, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Minas (colegiado administrativo) irá aprovar o índice de reposição a seus servidores, totalizando, igualmente, as duas datas-bases e, com isso, alcançando os 8%. A decisão é fruto de acordo com as entidades dos servidores.
O Ministério Público já apresentou seu projeto, concedendo 4,18%, aguardando a decisão do TJMG para ampliar/emendar seu índice ao percentual aprovado. O último reajuste geral dado por Zema foi em 2022, quando pagou 10,06% a partir de janeiro daquele ano.
De acordo com o governo, o reajuste geral de 3,62% deste ano terá impacto anual de R$ 1,7 bilhão. O governo optou pela estabilidade fiscal em detrimento do serviço público. O líder do bloco de oposição, Ulysses Gomes (PT), disse que a proposta é “mentirosa” duas vezes. Primeiro, por não recompor as perdas inflacionárias e, segundo, porque mais da metade da recomposição será paga pelo aumento das contribuições previdenciárias. Ele fez as contas e anotou que as novas contribuições ao Ipsemg (civis) e do IPSM (militares), chegariam a R$ 1 bilhão. “Zema quer fazer o servidor de bobo”, tachou.
Realista, o líder do governo, João Magalhães (MDB), reconheceu que o governo já segue as contrapartidas da adesão ao RRF e que não poderia dar aumento real às categorias. “Isso é de conhecimento de todos. Não vejo espaço para que seja diferente”. Ainda assim, o RRF não veda a concessão de recomposições inflacionárias a servidores, que, no caso, seriam de 4,62%.
O prefeito de Nova Lima (Grande BH), João Marcelo (Cidadania), disse, ao Podcast Canal Exclusive, que sua pré-candidatura de reeleição está confirmada pelo partido. Não garantiu o mesmo para o vice-prefeito, Diogo Ribeiro (PRD). Para não gerar ciúme ou crises, disse que iria convidá-lo para um churrasco. “Ele canta muito bem”. Dizem na cidade que Diogo estaria fora da chapa e que deverá ser substituído pelo presidente da Câmara Municipal, Thiago Almeida. Corre por fora, o ex-secretário de Desenvolvimento e vereador Álvaro Azevedo.
(*) Publicado no Jornal Estado de Minas
Alguns aspectos chamam atenção na Assembleia Geral Ordinária (AGO) dos acionistas da holding Alpargatas S.A. realizada…
Quase todo dia, um nome se assanha para ser candidato a governador ou a presidente,…
O 12º Prêmio Sebrae de Jornalismo (PSJ), um dos maiores prêmios em Minas Gerais, está…
Sem partido e sem equipe, o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil se lançou, na…
O técnico do futebol europeu mega campeão Carlo Ancelotti, do Real Madrid, chegará daqui a…
O Brasil continua pequeno, brasilzinho, no cenário internacional. Será que o Ministério das Relações Exteriores,…