Política

Rivais na política fazem acordo na Assembleia em dia de jogo do Galo

No meio da noite desta quinta (3), um servidor ligou para um deputado para saber como estava a votação da reforma da previdência. Ouviu como resposta que não estava tendo sessão e que a votação final seria nesta sexta (4). Mas como? Nesse momento de emergência em que o governo estaria cortando direitos dos servidores e, ao mesmo tempo, buscando equilibrar déficit fiscal em cima deles. E desconfiado, perguntou se não estariam votando porque tinha jogo do Atlético.

Em noite de lua e bola cheias, o time de Lourdes meteu três pra cima dos são-paulinos para a alegria, diferente e comedida, de sua torcida. Coincidentemente, não havia votação mesmo na Assembleia, que cumpria prazos regimentais para que a matéria seja votada, em segundo turno, nesta sexta, no plenário. Por isso, estava na audiência do futebol, via TV, a maioria dos deputados que decidem o quê e quando vota a Assembleia e até os rumos da votação.

Seis atleticanos no colégio de 8 líderes

A começar pelo presidente da Casa, Agostinho Patrus (PV), e o colégio de líderes, formado por sete deputados em nome dos outros 69. Cinco dos líderes são atleticanos. O servidor curioso não sabe, mas, é verdade, há um pacto entre eles: se tem jogo do Galo, não tem votação nessa hora. São atleticanos desde pequenininhos o líder do bloco governista, Gustavo Valadares (PSDB), e o líder da oposição, André Quintão (PT). E mais, os líderes de dois blocos independentes, Cássio Soares (PSD) e Sávio Souza Cruz (MDB), e o líder da minoria, Ulysses Gomes (PT).

Com o presidente Agostinho Patrus, formam maioria de seis, razão pela qual decidem a pauta e regem as votações de seus blocos que integram os 77 deputados. Pode-se dizer que, nessa quinta à noite, eles deram sorte, não havia mesmo votação e o alvinegro goleou os paulistas.

A votação final começa na manhã desta sexta, às 9 horas, para encerrar os trabalhos e aprovar a nova previdência para os servidores mineiros depois de driblar a frieza do governo Zema (Novo). Chegaram a comparar o resultado da reforma ao jogo do Galo, 3 emendas da oposição aprovadas e zero emenda do governador, que viu seu projeto passar a ser da Assembleia e não mais seu.

LEIA MAIS: Oposição derruba cobrança extra da reforma da previdência de Zema

Orion Teixeira

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