Agostinho Patrus, líderes partidários e presidente das principais comissões temáticas, foto Victor Oliveira/ALMG
No meio da noite desta quinta (3), um servidor ligou para um deputado para saber como estava a votação da reforma da previdência. Ouviu como resposta que não estava tendo sessão e que a votação final seria nesta sexta (4). Mas como? Nesse momento de emergência em que o governo estaria cortando direitos dos servidores e, ao mesmo tempo, buscando equilibrar déficit fiscal em cima deles. E desconfiado, perguntou se não estariam votando porque tinha jogo do Atlético.
Em noite de lua e bola cheias, o time de Lourdes meteu três pra cima dos são-paulinos para a alegria, diferente e comedida, de sua torcida. Coincidentemente, não havia votação mesmo na Assembleia, que cumpria prazos regimentais para que a matéria seja votada, em segundo turno, nesta sexta, no plenário. Por isso, estava na audiência do futebol, via TV, a maioria dos deputados que decidem o quê e quando vota a Assembleia e até os rumos da votação.
A começar pelo presidente da Casa, Agostinho Patrus (PV), e o colégio de líderes, formado por sete deputados em nome dos outros 69. Cinco dos líderes são atleticanos. O servidor curioso não sabe, mas, é verdade, há um pacto entre eles: se tem jogo do Galo, não tem votação nessa hora. São atleticanos desde pequenininhos o líder do bloco governista, Gustavo Valadares (PSDB), e o líder da oposição, André Quintão (PT). E mais, os líderes de dois blocos independentes, Cássio Soares (PSD) e Sávio Souza Cruz (MDB), e o líder da minoria, Ulysses Gomes (PT).
Com o presidente Agostinho Patrus, formam maioria de seis, razão pela qual decidem a pauta e regem as votações de seus blocos que integram os 77 deputados. Pode-se dizer que, nessa quinta à noite, eles deram sorte, não havia mesmo votação e o alvinegro goleou os paulistas.
A votação final começa na manhã desta sexta, às 9 horas, para encerrar os trabalhos e aprovar a nova previdência para os servidores mineiros depois de driblar a frieza do governo Zema (Novo). Chegaram a comparar o resultado da reforma ao jogo do Galo, 3 emendas da oposição aprovadas e zero emenda do governador, que viu seu projeto passar a ser da Assembleia e não mais seu.
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