Em nota, o secretário de Justiça e Segurança Pública de Minas, Mario Araujo, desautorizou uso de sua imagem em divulgação de ato público contra o Congresso Nacional. Sua foto aparece ao lado de outros oficiais-generais do Exército convocando para a manifestação, no dia 15 de março. Além dele, o vice-presidente Hamilton Mourão também desautorizou sua foto. Outro que aparece na convocação é o ministro Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, que, no entanto, não se manifestou.
“Não foi autorizado o uso da minha imagem, particularmente fardado, uma vez que me encontro na reserva desde dezembro de 2015”, disse o general Mario Araujo. E sobre os atos, preferiu não comentar, mas adiantou o que pensa em defesa da normalidade constitucional. “Reforço, entretanto, que o caminho para a solução dos problemas brasileiros passa pelo respeito a todas as instituições”, pontuou o secretário.
A polêmica sobre os atos de grupos autoritários ganhou repercussão ao serem incentivados pelo próprio presidente Jair Bolsonaro. E por parlamentares bolsonaristas.
Ativistas conservadores preparam ato que tem provocado reações de repúdio ao fazerem pregações antidemocráticas, contrárias ao Congresso e em defesa de militares. O ato surgiu após fala do ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, que chamou o Congresso de “chantagista” na semana passada.
Pelas redes sociais e por WhatsApp, apoiadores do presidente postam imagens de ataque ao Congresso. Defendem ainda a retirada dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM). Usam até mesmo o nome das Forças Armadas no movimento, o que, para o general Santos Cruz, ex-ministro de Bolsonaro, foi classificado como “irresponsabilidade”.
Bolsonaro chegou a encaminhar a amigos um vídeo que convoca a população a ir às ruas no dia 15 de março para defendê-lo. Após repercussão negativa, orientou a equipe para evitar endossar publicamente a manifestação. Disse a aliados e a auxiliares que não está incentivando o protesto e que só reencaminhou a amigos. Além disso, o presidente proibiu a participação de ministros nesse ato público, para evitar desgastes com o Legislativo e o Judiciário.
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